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Dólar tem leve queda sobre o real, de olho em eleições

Moeda disparou na véspera a níveis não vistos desde o fim de 2008, devido ao avanço da presidente Dilma Rousseff em pesquisas de intenção de voto

Dólar: às 11h53, a moeda norte-americana tinha oscilação negativa de 0,14%, a 2,4517 reais na venda (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 12h20.

São Paulo - O dólar tinha leve queda ante o real nesta terça-feira, com operadores embolsando lucros após a divisa alcançar máximas desde 2008 na véspera, mas caminhava para a maior alta mensal em três anos em meio a preocupações com a possibilidade de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Às 11h53, a moeda norte-americana tinha oscilação negativa de 0,14 por cento, a 2,4517 reais na venda, depois de subir 1,64 por cento na véspera, para 2,4557 reais, fechamento mais alto desde dezembro de 2008.

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Segundo dados da BM&F , o giro financeiro estava em torno de 230 milhões de dólares.

"O mercado está dando um respiro, mas se o cenário eleitoral não mudar, o dólar não cai muito mais do que isso", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

A divisa dos EUA caminhava para registrar a maior valorização mensal desde setembro de 2011, impulsionada pela expectativa de juros norte-americanos mais altos e por pesquisas apontando que as chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) estão cada vez maiores.

A política econômica do atual governo é alvo de críticas nos mercados financeiros.

Na véspera, levantamentos eleitorais ajudaram o dólar a encostar em 2,48 reais durante a sessão.

Segundo analistas, operadores aproveitavam para realizar lucros sobre esse avanço nesta sessão, o que explicava o menor ímpeto das cotações, mas a trajetória futura da divisa depende do cenário eleitoral.

"O mercado vai ser completamente guiado pelas eleições", disse o operador de uma corretora nacional.

As próximas pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope, que são mais acompanhadas pelo mercado, podem ser divulgadas já a partir desta terça-feira.

Investidores se questionam agora sobre possíveis reações do Banco Central brasileiro à valorização recente da divisa, que alimenta temores inflacionários em função do aumento dos preços de importados.

Por enquanto, o BC não anunciou novo leilão de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem.

A autoridade monetária rolou praticamente 100 por cento do lote que vence em 1º de outubro, e o próximo lote vence em 3 de novembro, com volume equivalente a 8,84 bilhões de dólares.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a 197,3 milhões de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015.

Atualizado às 12h20

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