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Dólar tem leve queda ante real com alívio na cena política

Às 10:24, a moeda americana recuava 0,08 por cento, a 3,0953 reais na venda. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento

Dólar: dados mais fortes sobre a criação de vagas no mercado privado de trabalho norte-americano, no entanto, continham movimentos de baixa (Karen Bleier/AFP)
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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2017 às 10h37.

São Paulo - O dólar tinha leves quedas ante o real nesta quarta-feira, em meio à melhora da percepção de risco político após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter adiado o julgamento da chapa Dilma-Temer e à expectativa de ingresso de recursos externos no país.

Os dados mais fortes sobre a criação de vagas no mercado privado de trabalho norte-americano, no entanto, continham movimentos de baixa da moeda norte-americana diante de expectativas de maiores juros nos Estados Unidos.

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Às 10:24, o dólar recuava 0,08 por cento, a 3,0953 reais na venda. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento.

"O adiamento do julgamento pelo TSE pode pressionar os parlamentares no andamento da reforma da Previdência. Sem a preocupação de ausência de comando, cria-se a necessidade de continuar o trabalho", afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Na véspera, a maioria dos ministros do TSE decidiu ouvir mais quatro pessoas no julgamento da chapa Dilma-Temer e ainda conceder, após os depoimentos que ainda não têm data, novo prazo de cinco dias para que as partes apresentem as alegações finais, resultado em sintonia com as pretensões do Palácio do Planalto de adiar, ao máximo possível, o desfecho do caso.

O temor do mercado é de que o governo do presidente Michel Temer ficasse ainda mais refém de negociações políticas para aprovar no Congresso Nacional importantes reformas, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

A trajetória de baixa do dólar também vinha de expectativas de entrada de mais recursos externos, via nova etapa de regularização de recursos mantidos no exterior e abertura de capital da Azul, nesta semana. Investidores também citavam possibilidades de novas captações de empresas.

A queda do dólar neste pregão era contida, em parte, pela divulgação de que os empregadores do setor privado dos Estados Unidos criaram 263 mil vagas de trabalho em março, mais do que em fevereiro e bem acima da expectativa de economistas. Sinais mais fortes da economia podem levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros, o que aumentaria a atratividade para recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para essa sessão, por enquanto. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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