Dólar sobe a R$ 1,792 ante novos temores sobre Europa
São Paulo - O dólar voltou a subir no mercado doméstico de câmbio nesta quinta-feira, dia em que a divisa americana avançou também ante o iene e o euro, em um misto de aversão ao risco pelas renovadas preocupações com a Europa e de boas expectativas com o relatório do mercado de trabalho que os […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O dólar voltou a subir no mercado doméstico de câmbio nesta quinta-feira, dia em que a divisa americana avançou também ante o iene e o euro, em um misto de aversão ao risco pelas renovadas preocupações com a Europa e de boas expectativas com o relatório do mercado de trabalho que os Estados Unidos informarão amanhã, já que os dados de trabalho divulgados ontem e hoje foram favoráveis.
Ao final da sessão no mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial subiu 0,11% para R$ 1,792. A variação acumulada no mês é de -0,78% e no ano, +2,81%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista fechou o pregão em alta de 0,67% a R$ 1,7909. Durante as negociações, a taxa de câmbio oscilou hoje entre a mínima de R$ 1,784 e a máxima de R$ 1,795. O euro comercial fechou a quinta-feira em baixa de 0,86% a R$ 2,431.
No segmento de câmbio turismo, o dólar caiu 0,90% para R$ 1,87 (venda) e R$ 1,777 (compra), em média. O euro turismo ficou estável a R$ 2,557 (venda) e R$ 2,34 (compra).
No mercado internacional de moedas, o euro ficou pressionado hoje depois que a agência de classificação de risco Moody's decidiu rebaixar a nota para depósitos de longo prazo e dívida sênior do Deutsche Bank para Aa3, de Aa1, e o rating de solidez financeira do banco. Brian Dolan, estrategista de moedas da Forex.com, assinalou à agência Dow Jones que os investidores devem ficar atentos aos remanescentes problemas com o setor bancário europeu. "É bom salientar que o Deutsche Bank é um dos mais sólidos na zona do euro", destacou o analista.
A Grécia continua a inspirar cuidados e hoje um analista chegou a opinar que ela poderá sair da zona do euro. Será muito difícil para a Grécia continuar na zona do euro, disse o chefe do instituto alemão de pesquisa Ifo, Hans-Werner Sinn, ao jornal alemão Boersen-Zeitung, diante da difícil situação fiscal do país. A afirmação foi rebatida pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, respondendo a perguntas da imprensa. Segundo ele, a possibilidade de que a Grécia poderia deixar a zona do euro é "absurda".
No mercado doméstico de câmbio, o Banco Central, que desde 8 de maio do ano passado faz intervenções diárias no mercado à vista, hoje comprou moeda em leilão à taxa de corte a R$ 1,7929 por dólar.