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Dólar abre em alta, mas passa a cair com confirmação de saída de Bebianno

Às 11:59, o dólar recuava 0,36 por cento, a 3,7189 reais na venda, após avançar 0,77 por cento, a 3,7324 reais na venda na véspera

Câmbio: dólar recuava ante o real nesta terça-feira (Marcos Brindicci/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 09h24.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 12h05.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, com o mercado monitorando avanços ligados à Previdência após demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e ligeira cautela no exterior à espera de desfecho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 11:59, o dólar recuava 0,36 por cento, a 3,7189 reais na venda, após avançar 0,77 por cento, a 3,7324 reais na venda na véspera.

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O dólar futuro caía 0,4 por cento.

Na segunda-feira, após o fechamento do mercado, o porta-voz da Presidência anunciou a demissão de Gustavo Bebianno, citando a decisão como de "foro íntimo" do presidente Jair Bolsonaro.

Paralelamente à demissão de Bebianno, decisão que pretende melhorar o ambiente político para o Planalto, o governo pretende encaminhar duas pautas importantes ao Congresso: o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro nesta terça-feira e a reforma da Previdência na quarta-feira.

A demora em dar cabo à crise gerou impaciência entre participantes do mercado, que observavam possível impacto da fritura política de Bebianno às negociações sobre Previdência no Congresso.

"É um quadro cauteloso, há tendência de alguma oscilação ao longo do dia, repercutindo as questões políticas internas... No fundo tem um cenário de espera e expectativa em torno de eventuais desdobramentos desse quadro político ligado à Previdência", afirmou o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

O que pode amenizar os impactos desses desdobramentos, segundo o economista, é a expectativa de que o texto da Previdência, duro em termos fiscais como sinalizado pelo governo, chegará ao Congresso na quarta-feira.

Na véspera, o porta-voz da Presidência afirmou que a intenção é que Bolsonaro leve pessoalmente a proposta da reforma ao Congresso, uma aposta de colocar o seu peso sobre o projeto.

No exterior, EUA e China retomam as negociações comerciais nesta terça-feira, com conversas de mais alto nível previstas para quinta-feira.

"Não está fazendo preço porque o que o mercado quer agora são avanços mais concretos, não só nas palavras. Por isso vemos nesta terça-feira uma postura mais comedida, com o dólar tendo alguma valorização sobre as demais moedas", avaliou Campos Neto.

O BC vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 6,714 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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