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Dólar sobe mais de 3% com incerteza sobre referendo grego

As bolsas despencavam na Europa e o euro caía ao menor valor em três semanas ante o dólar após o premiê da Grécia, George Papandreou, convocar um referendo inesperado

Amoeda norte-americana é cotada a R$ 1,7545 para venda, em alta de 3,05% (AFP)

Amoeda norte-americana é cotada a R$ 1,7545 para venda, em alta de 3,05% (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 10h54.

São Paulo - O dólar subia cerca de 3 por cento nesta terça-feira, com a volta do temor de um calote na Grécia após o anúncio de um referendo popular no país para a aprovação das recentes medidas de ajuda internacional.

Às 11h23, a moeda norte-americana era cotada a 1,7545 real para venda, em alta de 3,05 por cento, sendo que na máxima do dia, bateu 1,762 real. Na véspera, o dólar já havia subido 1,08 por cento.

As bolsas de valores despencavam na Europa e o euro caía ao menor valor em três semanas ante o dólar após o premiê da Grécia, George Papandreou, convocar um referendo inesperado que poderia anular as recentes medidas de ajuda ao país.

Pesquisas recentes de opinião indicam que a maior parte da população grega vê as medidas europeias como negativas.

A oposição, que é contra o referendo, pediu eleições antecipadas. Seis integrantes do próprio partido governista também pediram a saída do primeiro-ministro.

"Concordamos com a opinião do ministro finlandês de que o referendo é na verdade uma decisão sobre a permanência da Grécia na zona do euro", escreveram analistas do Citigroup, liderados por Jurgen Michels, em relatório.

Outro motivo citado por analistas para a alta do dólar no Brasil era o resultado mais fraco da indústria na China, que pesava sobre o preço das commodities, já em baixa por causa da aversão global a risco. O índice Reuters-Jefferies de matérias-primas tinha baixa de cerca de 2,30 por cento.

A expressiva alta do dólar provocada por fatores internacionais afastava investidores no mercado de câmbio brasileiro, afirmou o operador de uma corretora em São Paulo.

Segundo ele, a liquidez "está um pouco fraca, o que favorece a esticada. Com pouco lote, sobe rápido", afirmou.

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