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Dólar sobe mais de 1% por risco europeu

A moeda norte-americana fechou em alta de 1,24 por cento, a 1,8740 real para venda

Oficiais do Tesouro reuniram-se com os 20 'primary dealers' que participam das negociações da dívida (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 17h51.

São Paulo - O dólar subiu mais de 1 por cento nesta quarta-feira, contaminado pela preocupação com um possível rebaixamento da nota da dívida da França e com os altos juros pagos pela Itália em um leilão de títulos públicos.

A moeda norte-americana fechou em alta de 1,24 por cento, a 1,8740 real para venda. É a maior cotação de fechamento desde 25 de novembro, quando o dólar fechou a 1,8864 real.

Em relação a uma cesta com as principais moedas, o dólar tinha alta de 0,37 por cento às 17h. O destaque era o euro, que era cotado abaixo de 1,30 dólar pela primeira vez desde janeiro em um reflexo da crise da dívida na região.

A Itália pagou 6,47 por cento para vender papéis de cinco anos poucos minutos após a Alemanha colocar 4 bilhões de euros em notas de dois anos, a um yield médio de apenas 0,29 por cento.

O resultado, que mantém sob pressão as contas públicas da terceira maior economia da zona do euro, é um choque de realidade após líderes da União Europeia (UE) acertarem no final da semana passada um acordo para promover uma maior integração fiscal, com a esperança de encerrar a crise da dívida no euro.


Além disso, durante a tarde, o mercado circulou rumores de que a França poderia ter rebaixada sua nota da dívida, atualmente no grau máximo "AAA". Embora isso esteja sendo previsto por muitos analistas, ainda poderia impactar toda a zona do euro, já que colocaria em xeque a nota "AAA" dos próprios fundos de ajuda financeira da UE.

A preocupação com a Europa acontece em um momento de menor oferta de dólares no Brasil. O fluxo cambial na semana passada ficou negativo em 257 milhões de dólares e, com isso, o país registra saída líquida de 424 milhões de dólares no mês até o dia 9.

"Aqui no final do ano a gente tem um fluxo de saída um pouco maior, mas não é isso que está ditando a alta do dólar. Tem um medo generalizado a respeito do desenrolar do cenário na Europa", disse o consultor financeiro da Previbank, Jorge Lima.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,8728 real para venda, em alta de 1,73 por cento ante terça-feira.

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São Paulo - O dólar subiu mais de 1 por cento nesta quarta-feira, contaminado pela preocupação com um possível rebaixamento da nota da dívida da França e com os altos juros pagos pela Itália em um leilão de títulos públicos.

A moeda norte-americana fechou em alta de 1,24 por cento, a 1,8740 real para venda. É a maior cotação de fechamento desde 25 de novembro, quando o dólar fechou a 1,8864 real.

Em relação a uma cesta com as principais moedas, o dólar tinha alta de 0,37 por cento às 17h. O destaque era o euro, que era cotado abaixo de 1,30 dólar pela primeira vez desde janeiro em um reflexo da crise da dívida na região.

A Itália pagou 6,47 por cento para vender papéis de cinco anos poucos minutos após a Alemanha colocar 4 bilhões de euros em notas de dois anos, a um yield médio de apenas 0,29 por cento.

O resultado, que mantém sob pressão as contas públicas da terceira maior economia da zona do euro, é um choque de realidade após líderes da União Europeia (UE) acertarem no final da semana passada um acordo para promover uma maior integração fiscal, com a esperança de encerrar a crise da dívida no euro.


Além disso, durante a tarde, o mercado circulou rumores de que a França poderia ter rebaixada sua nota da dívida, atualmente no grau máximo "AAA". Embora isso esteja sendo previsto por muitos analistas, ainda poderia impactar toda a zona do euro, já que colocaria em xeque a nota "AAA" dos próprios fundos de ajuda financeira da UE.

A preocupação com a Europa acontece em um momento de menor oferta de dólares no Brasil. O fluxo cambial na semana passada ficou negativo em 257 milhões de dólares e, com isso, o país registra saída líquida de 424 milhões de dólares no mês até o dia 9.

"Aqui no final do ano a gente tem um fluxo de saída um pouco maior, mas não é isso que está ditando a alta do dólar. Tem um medo generalizado a respeito do desenrolar do cenário na Europa", disse o consultor financeiro da Previbank, Jorge Lima.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,8728 real para venda, em alta de 1,73 por cento ante terça-feira.

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