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Dólar sobe mais de 1% por preocupações com medidas fiscais

Às 10:08, o dólar avançava 1,30 por cento, a 3,8635 reais na venda, revertendo boa parte da queda na véspera, de 1,63 por cento

Dólares: o mercado adotava postura de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 10h24.

São Paulo - O dólar avançava mais de 1 por cento sobre o real no início dos negócios desta terça-feira, com investidores preocupados com a perspectiva de que partes relevantes das medidas fiscais anunciadas na véspera, como o retorno da CPMF, podem enfrentar dificuldades de aprovação no Congresso .

Além disso, o mercado adotava postura de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta semana e, pela qual, pode voltar a elevar a taxa de juros da maior economia do mundo.

Às 10:08, o dólar avançava 1,30 por cento, a 3,8635 reais na venda, revertendo boa parte da queda na véspera, de 1,63 por cento, quando o mercado reagiu bem às medidas, com a avaliação de que esforço fiscal poderia evitar que o Brasil perca o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

"A maioria das medidas depende da aprovação do Congresso e levando em conta a baixa popularidade (da presidente Dilma Rousseff) e as relações difíceis com o Legislativo, vai ser difícil", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O governo anunciou na véspera um pacote de medidas fiscais de 65 bilhões de reais, com o objetivo de garantir superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade da política fiscal.

A principal proposta é a recriação da polêmica CPMF, imposto sobre operações financeiras, que deverá ter tramitação difícil no Congresso Nacional.

Pouco após o anúncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que é "temeroso" que o governo condicione o ajuste fiscal à volta da CPMF.

No campo externo, a proximidade da reunião do Fed gerava cautela. As turbulências financeiras recentes originadas por temores de desaceleração da China lançaram dúvidas sobre a perspectiva de início do aperto monetário nos Estados Unidos, que pode atrair recursos aplicados atualmente em outros países.

"Após seis anos de recuperação, nossos economistas para os EUA veem probabilidade de 60 por cento de que o próximo ciclo monetário nos EUA comece nesta semana", escreveu o estrategista do UBS Geoff Dennis em nota a clientes, citando o mercado brasileiro entre os mais vulneráveis.

Pela manhã, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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São Paulo - O dólar avançava mais de 1 por cento sobre o real no início dos negócios desta terça-feira, com investidores preocupados com a perspectiva de que partes relevantes das medidas fiscais anunciadas na véspera, como o retorno da CPMF, podem enfrentar dificuldades de aprovação no Congresso .

Além disso, o mercado adotava postura de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta semana e, pela qual, pode voltar a elevar a taxa de juros da maior economia do mundo.

Às 10:08, o dólar avançava 1,30 por cento, a 3,8635 reais na venda, revertendo boa parte da queda na véspera, de 1,63 por cento, quando o mercado reagiu bem às medidas, com a avaliação de que esforço fiscal poderia evitar que o Brasil perca o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

"A maioria das medidas depende da aprovação do Congresso e levando em conta a baixa popularidade (da presidente Dilma Rousseff) e as relações difíceis com o Legislativo, vai ser difícil", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O governo anunciou na véspera um pacote de medidas fiscais de 65 bilhões de reais, com o objetivo de garantir superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade da política fiscal.

A principal proposta é a recriação da polêmica CPMF, imposto sobre operações financeiras, que deverá ter tramitação difícil no Congresso Nacional.

Pouco após o anúncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que é "temeroso" que o governo condicione o ajuste fiscal à volta da CPMF.

No campo externo, a proximidade da reunião do Fed gerava cautela. As turbulências financeiras recentes originadas por temores de desaceleração da China lançaram dúvidas sobre a perspectiva de início do aperto monetário nos Estados Unidos, que pode atrair recursos aplicados atualmente em outros países.

"Após seis anos de recuperação, nossos economistas para os EUA veem probabilidade de 60 por cento de que o próximo ciclo monetário nos EUA comece nesta semana", escreveu o estrategista do UBS Geoff Dennis em nota a clientes, citando o mercado brasileiro entre os mais vulneráveis.

Pela manhã, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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