Dólar sobe 2% e vai a R$ 4,07 após frustração com leilão do pré-sal
Às 11:40, o dólar avançava 2%, a 4,073 reais na venda; Ibovespa caía 1,01 por cento, a 107.622,97
Reuters
Publicado em 6 de novembro de 2019 às 12h00.
Última atualização em 6 de novembro de 2019 às 13h59.
São Paulo — O dólar reverteu seu curso e avançava mais de 2% em relação ao real nesta quarta-feira, devido à frustração dos investidores com a participação de empresas estrangeiras no megaleilão da cessão onerosa.
Às 11:40, o dólar avançava 2%, a 4,073 reais na venda. O dólar futuro operava em alta de 1,69%, a 4,068 reais.
O consórcio Petrobras/CNODC/CNOOC arrematou nesta quarta-feira o bloco de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, durante a Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa. Não houve outra oferta pelo bloco, no qual a Petrobras será operadora com 90% de participação, em um desdobramento decepcionante para o megaleilão do pré-sal.
Além disso, apenas Petrobras fez oferta pelo bloco Itapu.
O resultado confirmou os temores de que as empresas estrangeiras não seriam tão agressivas nos lances para a cessão onerosa, diminuindo a expectativa de entrada de fluxo no mercado.
"Há frustração em relação ao leilão, com a Petrobras levando 90% do consórcio de Búzios", disse Flavio Serrano, economista sênior do banco Haitong. "Havia expectativa de maior participação de empresas estrangeiras."
Segundo Serrano, a dinâmica da moeda norte-americana vai depender do andamento do leilão.
Ibovespa
O Ibovespa abandonou os ganhos e recuava nesta quarta-feira, acompanhando a piora da Petrobras, em meio aos primeiros resultados do megaleilão de áreas para exploração de petróleo e gás, sugerindo apetite reduzido de investidores internacionais.
Às 11:33, o Ibovespa caía 1,01 por cento, a 107.622,97 pontos, após, mais cedo, renovar recorde intradia a 109.633,14 pontos. O volume financeiro no pregão somava 5,94 bilhões de reais.
As ações da Petrobras, que chegaram a liderar as altas do Ibovespa, passaram para a se destacar na ponta negativa do índice, com os papéis ordinários cedendo 2,33% e as preferenciais caindo 2,2%. Nas máximas, mais cedo, Petrobras PN subiu 3,5% e Petrobras ON avançou 3,4%.