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Dólar sobe e vai acima de R$3,40 com nova crise política

Na semana, a moeda norte-americana voltou a acumular valorização, de 0,58%, depois de ceder 0,16% no período anterior

Dólar: o dólar avançou 0,58%, a 3,4135 reais na venda, depois de bater 3,4694 reais na máxima do pregão (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 17h08.

Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 18h20.

São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira em alta, acima de 3,40 reais mas longe das máximas do dia, com investidores reagindo a notícias envolvendo o presidente Michel Temer e que podem atrapalhar os planos do governo de aprovar importantes medidas econômicas no Congresso Nacional.

O dólar avançou 0,58 por cento, a 3,4135 reais na venda, depois de bater 3,4694 reais na máxima do pregão, com valorização de 2,22 por cento. O dólar futuro subia cerca de 0,5 por cento no final desta tarde.

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Na semana, a moeda norte-americana voltou a acumular valorização, de 0,58 por cento, depois de ceder 0,16 por cento no período anterior.

"Está havendo uma crise política que, caso se alastre, vai dificultar a aprovação de reformas", comentou o operador da Ouro Minas Corretora, Maurício Gaioti.

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em depoimento à Polícia Federal que Temer o pressionou para encontrar uma "saída" para o caso de uma obra de interesse do agora ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, que pediu demissão nesta manhã.

No final desta tarde, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que as acusações de Calero não atingem Temer e afirmou que, se necessário, cancelará o recesso de fim de ano do Senado para garantir a votação de medidas que interessam ao governo, como a proposta que limita os gastos públicos.

A arrancada da manhã levou o dólar para perto de 3,47 reais, nível considerado perigoso pelos profissionais do mercado e que pode levar o Banco Central voltar a atuar.

No último dia 11, quando o dólar encostou em 3,40 reais, o BC fez dois leilões de swaps tradicionais --equivalente à venda futura de moeda -- tanto para rolagem quando para colocar novos contratos no mercado.

O BC esteve fora do mercado desde quarta-feira passada e tem avisado que atua para corrigir distorções do mercado ou volatilidades.

A delação premiada de executivos da Odebrecht também foi citada nas mesas de operação como um foco de preocupação.

Com o local dominando as atenções, o cenário exterior acabou ficando em segundo plano. O dólar cedia ante uma cesta de divisas nesta sessão.

Na véspera, os mercados norte-americanos estiveram fechados pelo feriado do Dia de Ação de Graças e, neste pregão, pararam mais cedo, encurtando um pouco a liquidez em outras praças.

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