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Dólar sobe com percepção de que BC não rolará swaps

A cotação do mercado à vista de balcão no final da sessão era de R$ 2,043, voltando aos mesmos níveis em que se encontrava na virada de julho

A moeda dos Estados Unidos se depreciou 0,30% (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 18h04.

São Paulo - A expectativa de que o Banco Central não role os contratos de swap cambial que vencem em 3 de setembro, num montante superior a US$ 4 bilhões, pressionou o dólar para cima no pregão desta terça-feira, na contramão do comportamento que a moeda norte-americana adotou no exterior. Com isso, a cotação do mercado à vista de balcão no final da sessão era de R$ 2,043, voltando aos mesmos níveis em que se encontrava na virada de julho para este mês, quando o BC liquidou outros US$ 4,5 bilhões em derivativos.

A pressão de alta nas cotações veio de dois movimentos. O primeiro é a defesa por uma Ptax alta, que maximiza o ganho dos investidores que estão vendidos nos swaps. O segundo é a maior demanda por ativos cambiais por parte dos agentes que precisam repor as posições vendidas que devem ser liquidadas. E, em meio a isso, ressurgiram os investidores especulativos, que elevaram o volume de transações, depois de ficarem praticamente fora das mesas nas últimas semanas, diante da falta de oportunidades de negócios.

Ainda assim, operadores avaliam que o espaço para a alta do dólar ante o real tem limite. "O mercado não está seco e todos sabem que, se o dólar subir demais, o BC pode contrariar as expectativas e optar por oferecer rolagem", disse um dos profissionais ouvidos pela Agência Estado. Embora espere um pouco mais de alta nas cotações antes da virada do mês, o gerente de mesa de um grande banco acrescentou que não vislumbra possibilidade de a moeda norte-americana encostar em R$ 2,08, considerando as condições atuais.

No exterior, o euro valia US$ 1,2569 perto das 17 horas, ante US$ 1,2500 no final da tarde de segunda-feira em Nova York. Pela manhã, a moeda única foi beneficiada por avaliações de analistas que encararam o anúncio de que Mário Draghi não irá a Jackson Hole como um sinal de que o Banco Central Europeu está concentrado em achar os caminhos para uma atuação mais forte no mercado de títulos. Já o dólar foi empurrado para baixo pela percepção de que o dado ruim de confiança ao consumidor dos Estados Unidos, divulgado nesta manhã, amplia as chances de que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalize medidas de incentivo econômico no encontro de Jackson Hole, na sexta-feira.

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São Paulo - A expectativa de que o Banco Central não role os contratos de swap cambial que vencem em 3 de setembro, num montante superior a US$ 4 bilhões, pressionou o dólar para cima no pregão desta terça-feira, na contramão do comportamento que a moeda norte-americana adotou no exterior. Com isso, a cotação do mercado à vista de balcão no final da sessão era de R$ 2,043, voltando aos mesmos níveis em que se encontrava na virada de julho para este mês, quando o BC liquidou outros US$ 4,5 bilhões em derivativos.

A pressão de alta nas cotações veio de dois movimentos. O primeiro é a defesa por uma Ptax alta, que maximiza o ganho dos investidores que estão vendidos nos swaps. O segundo é a maior demanda por ativos cambiais por parte dos agentes que precisam repor as posições vendidas que devem ser liquidadas. E, em meio a isso, ressurgiram os investidores especulativos, que elevaram o volume de transações, depois de ficarem praticamente fora das mesas nas últimas semanas, diante da falta de oportunidades de negócios.

Ainda assim, operadores avaliam que o espaço para a alta do dólar ante o real tem limite. "O mercado não está seco e todos sabem que, se o dólar subir demais, o BC pode contrariar as expectativas e optar por oferecer rolagem", disse um dos profissionais ouvidos pela Agência Estado. Embora espere um pouco mais de alta nas cotações antes da virada do mês, o gerente de mesa de um grande banco acrescentou que não vislumbra possibilidade de a moeda norte-americana encostar em R$ 2,08, considerando as condições atuais.

No exterior, o euro valia US$ 1,2569 perto das 17 horas, ante US$ 1,2500 no final da tarde de segunda-feira em Nova York. Pela manhã, a moeda única foi beneficiada por avaliações de analistas que encararam o anúncio de que Mário Draghi não irá a Jackson Hole como um sinal de que o Banco Central Europeu está concentrado em achar os caminhos para uma atuação mais forte no mercado de títulos. Já o dólar foi empurrado para baixo pela percepção de que o dado ruim de confiança ao consumidor dos Estados Unidos, divulgado nesta manhã, amplia as chances de que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalize medidas de incentivo econômico no encontro de Jackson Hole, na sexta-feira.

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