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Dólar sobe ao maior nível desde julho de 2010, a R$ 1,7765

A moeda norte-americana fechou em alta de 2,57 por cento, a 1,7765 real para venda

Foi a maior alta de fechamento desde 6 de maio de 2010, quando a moeda avançou 2,95 por cento (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 17h58.

São Paulo - O dólar subiu mais de 2 por cento nesta segunda-feira, aproximando-se de 1,80 real pela primeira vez em mais de um ano com o medo de uma piora da crise da dívida na Europa.

A moeda norte-americana fechou em alta de 2,57 por cento, a 1,7765 real para venda. É a maior cotação desde 21 de julho de 2010, quando o dólar fechou a 1,781 real. Durante o dia, o dólar chegou a ser cotado a 1,7976 real para venda.

Foi a maior alta de fechamento desde 6 de maio de 2010, quando a moeda avançou 2,95 por cento.

Operadores no Brasil atribuíram a subida a fatores externos, principalmente via ajustes no mercado futuro. Um deles chegou a mencionar que o fluxo de dólares para o país segue positivo.

"No mercado interno não houve nada que justificasse esse movimento", disse o operador de câmbio de um dos principais bancos nacionais, que preferiu não ser identificado.

Segundo profissionais de mercado, a alta aconteceu por causa do medo cada vez maior de um calote da dívida grega. No fim da tarde, uma fonte do Ministério das Finanças da Grécia afirmou que o país está próximo de um acordo para receber a próxima parcela da ajuda internacional, o que evitaria uma moratória inédita dentro da zona do euro.

Com a intensidade da alta, algumas operações de "stop-loss" foram acionadas, afirmou o operador de uma corretora em São Paulo, o que acelerou ainda mais a valorização do dólar. Essas operações têm o objetivo de evitar perdas maiores durante movimentos muito bruscos do mercado. "Depois dos 'stopados' perdeu um pouco (de força) e voltou para esses niveis."


Embora a alta do dólar tenha raízes no exterior, analistas veem motivos internos para que ela seja mais intensa no Brasil que em outros lugares, como a perspectiva de queda dos juros nos próximos meses. Na opinião do Bank of America Merrill Lynch, "o real mais fraco pode ter vindo para ficar".

"Por enquanto, mantemos nossa previsão de que o dólar terminará 2012 a 1,80 real", escreveu o analista David Beker, em relatório.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7763 real para venda, em alta de 3,74 por cento ante sexta-feira.

O Banco Central manteve o comportamento dos últimos dias e não interveio no mercado de câmbio.

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São Paulo - O dólar subiu mais de 2 por cento nesta segunda-feira, aproximando-se de 1,80 real pela primeira vez em mais de um ano com o medo de uma piora da crise da dívida na Europa.

A moeda norte-americana fechou em alta de 2,57 por cento, a 1,7765 real para venda. É a maior cotação desde 21 de julho de 2010, quando o dólar fechou a 1,781 real. Durante o dia, o dólar chegou a ser cotado a 1,7976 real para venda.

Foi a maior alta de fechamento desde 6 de maio de 2010, quando a moeda avançou 2,95 por cento.

Operadores no Brasil atribuíram a subida a fatores externos, principalmente via ajustes no mercado futuro. Um deles chegou a mencionar que o fluxo de dólares para o país segue positivo.

"No mercado interno não houve nada que justificasse esse movimento", disse o operador de câmbio de um dos principais bancos nacionais, que preferiu não ser identificado.

Segundo profissionais de mercado, a alta aconteceu por causa do medo cada vez maior de um calote da dívida grega. No fim da tarde, uma fonte do Ministério das Finanças da Grécia afirmou que o país está próximo de um acordo para receber a próxima parcela da ajuda internacional, o que evitaria uma moratória inédita dentro da zona do euro.

Com a intensidade da alta, algumas operações de "stop-loss" foram acionadas, afirmou o operador de uma corretora em São Paulo, o que acelerou ainda mais a valorização do dólar. Essas operações têm o objetivo de evitar perdas maiores durante movimentos muito bruscos do mercado. "Depois dos 'stopados' perdeu um pouco (de força) e voltou para esses niveis."


Embora a alta do dólar tenha raízes no exterior, analistas veem motivos internos para que ela seja mais intensa no Brasil que em outros lugares, como a perspectiva de queda dos juros nos próximos meses. Na opinião do Bank of America Merrill Lynch, "o real mais fraco pode ter vindo para ficar".

"Por enquanto, mantemos nossa previsão de que o dólar terminará 2012 a 1,80 real", escreveu o analista David Beker, em relatório.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7763 real para venda, em alta de 3,74 por cento ante sexta-feira.

O Banco Central manteve o comportamento dos últimos dias e não interveio no mercado de câmbio.

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