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Dólar sobe 2%, vai a R$ 1,715, maior valor em 9 meses

São Paulo - O dólar comercial iniciou a semana em alta expressiva, reagindo ao aumento de aversão ao risco após o vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, ter levantado durante o final de semana a possibilidade de o país deixar a Grécia declarar calote, se os instrumentos necessários "estiverem disponíveis para tal movimento". A notícia amplificou o […]

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 18h45.

São Paulo - O dólar comercial iniciou a semana em alta expressiva, reagindo ao aumento de aversão ao risco após o vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, ter levantado durante o final de semana a possibilidade de o país deixar a Grécia declarar calote, se os instrumentos necessários "estiverem disponíveis para tal movimento".

A notícia amplificou o nervosismo hoje e levou o dólar no balcão a atingir a maior cotação desde 17 de dezembro de 2010. A moeda norte-americana encerrou em alta de 2,02%, cotada a R$ 1,7150. Na mínima, a divisa atingiu R$ 1,6790 e, na máxima, R$ 1,7270. Na BM&F, o dólar à vista fechou na máxima, valendo R$ 1,7190, maior cotação desde 29 de novembro, com valorização de 2,32%. Na mínima, a moeda atingiu R$ 1,6810. O BC fez um leilão de compra de dólar à tarde, e fixou a taxa de corte em R$ 1,7150.

No meio da tarde, o vice-ministro das Finanças da Grécia, Philippos Sachinidis, falando para o canal Mega TV, afirmou, sem no entanto dar detalhes, que o governo está buscando gerenciar sua posição de liquidez a fim de aumentar as reservas em dinheiro. "Vamos tentar assegurar a liquidez das contas públicas pelo período mais longo possível", disse. "Certamente, até meados de outubro temos como nos virar. No momento, estamos tentando assegurar que o país continuará funcionando sem problemas."

Na Alemanha, o ministro de Finanças, Wolfgang Schaeuble, em entrevista à rede pública de televisão ZDF, afirmou que o atual tratado da União Europeia não prevê a possibilidade de a Grécia abandonar a zona do euro. Ele enfatizou que os planos de contingência da sua pasta para um potencial caso de insolvência grega, divulgados pela imprensa alemã no fim de semana, não correspondem a políticas governamentais. No fim de semana, foram divulgadas notícias de que a Alemanha preparava planos de contingência para o caso de um calote da Grécia ou a saída do país da zona do euro.

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