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Dólar sobe 1,16% e fecha em R$ 4,44, o maior valor da história

Mercados globais têm dia de instabilidade e temor conforme epidemia de coronavírus avança para outros países além da China

Coronavírus: Brasil teve primeiro caso confirmado da doença nesta quarta-feira (Yuji Sakai/Getty Images)
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Juliana Elias

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 17h18.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 17h26.

São Paulo - O dólar comercial fechou em alta de 1,16% nesta quarta-feira (26), cotado a 4,444 reais na venda, o maior valor nominal de sua história.

Este foi o primeiro dia de operação do mercado brasileiro na semana, após dois dias de recesso por conta do feriado de Carnaval, na segunda (24) e na terça-feira (25). Nesse intervalo, notícias de alastramento do coronavírus para além da China, país onde a epidemia começou, fizeram bolsas de todo o mundo despencar e levaram investidores globais a se apoiar em ativos de segurança, o que tem feito o dólar subir frente a uma série de moedas.

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Até esta quarta-feira, o número de mortos na Itália havia chegado a 19; na Coreia do Sul, o número de novos casos foi a 1.260, enquanto a Grécia e o Brasil registraram seus primeiros infectados.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou pela manhã o primeiro caso de infecção em São Paulo, de um homem de 61 anos que esteve na Itália.

"O coronavírus tornou-se uma pandemia", afirmou a casa de análises Levante, em relatório. "Há infectados em vários países da Europa: Alemanha, Áustria, Croácia, Espanha, Grécia e Suíça registram contaminações, assim com Irã e outros países do Oriente Médio. Na terça-feira, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos alertou que o vírus atingirá o país em breve. E, como não poderia deixar de ser, os mercados desabaram."

Em tentativa de limitar o impacto da aversão a risco sobre o mercado local, o Banco Centralrealizou nesta sessão leilão extraordinário de swap tradicional, em que vendeu todos os 10 mil contratos ofertados, com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020. A intervenção, entretanto, não foi o suficiente para conter a tendência de alta.

O BC também ofertará na quinta-feira, entre 9h30 e 9h40, até 20 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro deste ano.

Segundo a Commcor DTVM, esses leilões extraordinários são “sinalização de vigilância àqueles que tendem a se aproveitar do cenário para elevar a cotação da divisa norte-americana por aqui”.

*Com Reuters

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