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Dólar sobe 1% em meio à incerteza política na Itália

Alta da moeda americana reflete o clima de apreensão nos mercados externos, com a turbulência política na Itália intensificando as incertezas com a crise do euro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 09h32.

São Paulo - O dólar começava a semana em alta ante o real, refletindo o clima de apreensão nos mercados externos, com a turbulência política na Itália intensificando as incertezas com a crise de dívida na zona do euro.

Às 10h15, a moeda norte-americana avançava 0,80 por cento, para 1,7560 real na venda. Na máxima do dia até agora, a taxa de câmbio chegou a valorizar-se 1,29 por cento, para 1,7645 real.

Ante uma cesta de divisas, o dólar tinha alta bem mais discreta, de 0,11 por cento, mas o euro recuava 0,55 por cento, diante das incertezas envolvendo a economia do bloco monetário europeu, alimentadas sobretudo pela instabilidade política na Grécia e Itália, esta a terceira maior economia da zona do euro.

"O comportamento do dólar está bem em linha com a incerteza lá fora", disse o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil, Moacir Marcos Júnior.

Após o tumulto nos mercados na semana passada, decorrente da proposta de um referendo na Grécia pelo primeiro-ministro do país, George Papandreou, as atenções de investidores se voltam agora para a Itália, onde o premiê Silvio Berlusconi enfrenta forte oposição, inclusive dentro de seu próprio partido, em meio a rumores de que renunciaria.

Os mercados de ações na Europa chegaram a reduzir as perdas, mas voltavam a mostrar cautela após a negativa do premiê, reportada pela agência de notícias Ansa.

A turbulência política em Roma deixava em segundo plano um acordo na Grécia para garantir que Atenas receba a parcela de financiamentos internacionais e evite assim um calote da dívida, que poderia ter graves consequência para toda a Europa e o mundo.

Nesse contexto, investidores preferiam se desfazer de ativos considerados de risco, como ações e moedas de maior rendimento, e se voltavam para o dólar e outros ativo vistos como porto-seguro.

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