Dólar sobe 0,62% com cenário de incerteza no exterior
O dólar fechou nesta segunda-feira com alta de 0,62 por cento, cotada a 2,0571 reais
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 18h06.
São Paulo - O cenário externo ainda de cautela e alguma aversão ao risco em função de preocupações com a zona do euro, mesmo após resultado favorável das eleições na Grécia no domingo, ajudou o dólar a subir ante o real nesta segunda-feira, após duas sessões de queda.
Segundo operadores, a tendência da moeda norte-americana ainda deve ser de alta devido ao exterior, mas essa trajetória pode ser limitada, já que o mercado segue atento a uma possível atuação do Banco Central para conter distorções.
O dólar fechou nesta segunda-feira com alta de 0,62 por cento, cotada a 2,0571 reais. Durante o dia, a moeda oscilou entre a máxima de 2,0688 reais e a mínima de 2,0488 reais.
"Estamos acompanhando o cenário externo e o dólar não tem fugido muito do patamar de 2,05 reais", avaliou o operador de câmbio da Renascença Corretora José Carlos Amado.
"O mercado ainda segue cauteloso, sabe que esta semana ainda tem a reunião do G20 e decisão do Fed, por isso, prefere apostar na alta do dólar (ante o real)", completou Amado.
"Acredito que a tendência ainda seja de alta, mas também limitada, o mercado sabe que o Banco Central segue atento e pode atuar a qualquer momento", acrescentou.
Apesar de um partido favorável ao pacote de resgate internacional ter vencido as eleições na Grécia no domingo, ainda há dúvidas quanto ao futuro do país e preocupações também com a Espanha, cujo custo dos empréstimos subiu de forma acentuada nesta segunda-feira. O rendimento do título espanhol de 10 anos, por exemplo, ficou acima dos 7 por cento, nível considerado insustentável por analistas.
Na Grécia, o partido de centro-direita Nova Democracia ainda vai tentar formar na terça-feira um acordo para um governo de coalizão. Além disso, o G20 -grupo que reúne as 20 maiores economias- realiza cúpula no México, onde líderes tem prometido tomar as medidas necessárias para combater a crise do euro e onde os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concordaram em elevar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Outro operador de corretora, que prefere não ser identificado, também atribuiu o movimento desta segunda-feira ao exterior, com queda do euro e com investidores aproveitando para obter lucros depois de quedas anteriores, diante ainda do resultado das eleições gregas.
Às 17h44 (horário de Brasília), o euro tinha queda de 1,16 por cento ante o dólar.
Em relação à possíveis intervenções do BC, o operador acredita o BC entraria no mercado apenas para impedir distorções. "O mercado parece que entendeu que o BC vai entrar quando a volatilidade estiver muito grande", disse.
A autoridade monetária não atua no mercado por meio de leilões de swap cambial tradicional há cinco sessões.
São Paulo - O cenário externo ainda de cautela e alguma aversão ao risco em função de preocupações com a zona do euro, mesmo após resultado favorável das eleições na Grécia no domingo, ajudou o dólar a subir ante o real nesta segunda-feira, após duas sessões de queda.
Segundo operadores, a tendência da moeda norte-americana ainda deve ser de alta devido ao exterior, mas essa trajetória pode ser limitada, já que o mercado segue atento a uma possível atuação do Banco Central para conter distorções.
O dólar fechou nesta segunda-feira com alta de 0,62 por cento, cotada a 2,0571 reais. Durante o dia, a moeda oscilou entre a máxima de 2,0688 reais e a mínima de 2,0488 reais.
"Estamos acompanhando o cenário externo e o dólar não tem fugido muito do patamar de 2,05 reais", avaliou o operador de câmbio da Renascença Corretora José Carlos Amado.
"O mercado ainda segue cauteloso, sabe que esta semana ainda tem a reunião do G20 e decisão do Fed, por isso, prefere apostar na alta do dólar (ante o real)", completou Amado.
"Acredito que a tendência ainda seja de alta, mas também limitada, o mercado sabe que o Banco Central segue atento e pode atuar a qualquer momento", acrescentou.
Apesar de um partido favorável ao pacote de resgate internacional ter vencido as eleições na Grécia no domingo, ainda há dúvidas quanto ao futuro do país e preocupações também com a Espanha, cujo custo dos empréstimos subiu de forma acentuada nesta segunda-feira. O rendimento do título espanhol de 10 anos, por exemplo, ficou acima dos 7 por cento, nível considerado insustentável por analistas.
Na Grécia, o partido de centro-direita Nova Democracia ainda vai tentar formar na terça-feira um acordo para um governo de coalizão. Além disso, o G20 -grupo que reúne as 20 maiores economias- realiza cúpula no México, onde líderes tem prometido tomar as medidas necessárias para combater a crise do euro e onde os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concordaram em elevar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Outro operador de corretora, que prefere não ser identificado, também atribuiu o movimento desta segunda-feira ao exterior, com queda do euro e com investidores aproveitando para obter lucros depois de quedas anteriores, diante ainda do resultado das eleições gregas.
Às 17h44 (horário de Brasília), o euro tinha queda de 1,16 por cento ante o dólar.
Em relação à possíveis intervenções do BC, o operador acredita o BC entraria no mercado apenas para impedir distorções. "O mercado parece que entendeu que o BC vai entrar quando a volatilidade estiver muito grande", disse.
A autoridade monetária não atua no mercado por meio de leilões de swap cambial tradicional há cinco sessões.