Mercados

Dólar sobe 0,17% com Wall Street fechada

Os mercados de ações e opções dos Estados Unidos ficarão fechados nesta segunda-feira devido à aproximação do furacão Sandy à região de Nova York

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 11h35.

São Paulo - A aversão ao risco nas praças financeiras internacionais levava a uma leve alta do dólar em relação ao real nesta segunda-feira, mas o fechamento dos mercados em Wall Street por causa do furacão Sandy limitava o giro financeiro do dia.

Às 12h03, a moeda norte-americana subia 0,17 por cento, para 2,0302 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 460 milhões de dólares.

"O dia deve ser morto por terem decretado 'feriado' em Nova York. O movimento deve ser bem devagar, com uma pequena tendência de alta. O pessoal continua preocupado com Espanha, Grécia, os mesmos problemas de sempre", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

Os mercados de ações e opções dos Estados Unidos ficarão fechados nesta segunda-feira, e possivelmente na terça-feira, devido à aproximação do furacão Sandy à região de Nova York.

O furacão deve atingir a Costa Leste do país nesta segunda-feira à noite, trazendo chuvas torrenciais, fortes ventos, severas inundações e cortes no fornecimento de energia elétrica.

Notícias sobre a Europa guiavam o sentimento do investidor, que voltava a colocar o foco em temores sobre a Espanha e Grécia. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia 0,17 por cento, enquanto o euro cedia 0,29 por cento frente à divisa dos Estados Unidos.

Durante o final de semana, a autoridade do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny afirmou que a Espanha não precisa imediatamente da ajuda do novo programa de títulos do BCE e que o país deve tentar se refinanciar por conta própria antes de pedir assistência. Os mercados, no entanto, têm pressionado o país a solicitar um resgate internacional.

No primeiro epicentro da crise da dívida da zona do euro, a Grécia, os credores internacionais recusaram-se a fazer qualquer outra concessão sobre as mudanças nas leis trabalhistas contestadas por um partido pequeno da coalizão, prologando o impasse sobre o crucial pacote de austeridade do país.


Em segundo plano nesta sessão estava a cautela dos investidores com possíveis intervenções do Banco Central, uma vez que a taxa de câmbio está estabilizada entre 2,02 e 2,03 reais e as oscilações estão pequenas.

A briga pela Ptax de outubro, no entanto, poderá reacender o alerta vermelho do BC e do mercado, segundo o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovidio Soares. Para ele, os investidores deverão ficar vendidos em dólar, pressionando a moeda para baixo.

A taxa Ptax serve como referência para outras operações financeiras e acaba gerando uma espécie de batalha entre os investidores, que querem garantir a melhor taxa de câmbio para seus negócios. A taxa de outubro será fechada na quarta-feira.

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