Dólar seguirá acima de R$ 2 mesmo se houver melhora externa

São Paulo - O dólar deve continuar acima de R$ 2 mesmo na hipótese de ocorrer uma melhora do cenário externo que leve à valorização dos ativos de risco, disse Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, que negocia dólar comercial com empresas exportadoras e importadoras.

“Mesmo que o Fed e o BCE atuem, não vejo o fluxo de investimentos voltando para o Brasil”, disse Nehme. “O dólar está em R$ 2 porque o mercado o sustenta nesse nível. O real não está refletindo o que ocorre lá fora, pois temos razões próprias para manter o real desvalorizado”.

O fluxo cambial tem “tendência negativa” acentuada e o Brasil não atrai investimentos porque a “economia está fraca”.

As medidas de estímulo adotadas pelo governo têm apenas “efeito pontual” e a ampliação do crédito não consegue alavancar a economia devido ao “risco da inadimplência”.

O governo tem dificuldades para investir porque não consegue reduzir despesas correntes e as receitas estão “sob pressão” • “O Brasil é percebido pelos investidores como um país caro e com dificuldades de infraestrutura”.

Nehme falou em entrevista por telefone de São Paulo.

São Paulo - O dólar deve continuar acima de R$ 2 mesmo na hipótese de ocorrer uma melhora do cenário externo que leve à valorização dos ativos de risco, disse Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, que negocia dólar comercial com empresas exportadoras e importadoras.

“Mesmo que o Fed e o BCE atuem, não vejo o fluxo de investimentos voltando para o Brasil”, disse Nehme. “O dólar está em R$ 2 porque o mercado o sustenta nesse nível. O real não está refletindo o que ocorre lá fora, pois temos razões próprias para manter o real desvalorizado”.

O fluxo cambial tem “tendência negativa” acentuada e o Brasil não atrai investimentos porque a “economia está fraca”.

As medidas de estímulo adotadas pelo governo têm apenas “efeito pontual” e a ampliação do crédito não consegue alavancar a economia devido ao “risco da inadimplência”.

O governo tem dificuldades para investir porque não consegue reduzir despesas correntes e as receitas estão “sob pressão” • “O Brasil é percebido pelos investidores como um país caro e com dificuldades de infraestrutura”.

Nehme falou em entrevista por telefone de São Paulo.