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Dólar segue alta externa, mas volatilidade deve diminuir

O mercado à vista de câmbio abriu nesta quarta-feira com o dólar em alta, de 0,10%, cotado a R$ 1,9880 no balcão

No mercado futuro, às 9h29, o dólar para março de 2013 subia 0,13%, a R$ 1,9940 (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 10h20.

São Paulo - O mercado à vista de câmbio abriu nesta quarta-feira com o dólar em alta, de 0,10%, cotado a R$ 1,9880 no balcão. Em seguida, a moeda à vista testou uma mínima de R$ 1,9870 (+0,05%) e, por volta das 9h25, subiu até R$ 1,9890 (+0,15%).

No mercado futuro, às 9h29, o dólar para março de 2013 subia 0,13%, a R$ 1,9940, após oscilar de R$ 1,9920 (+0,03%) a R$ 1,9960 (+0,23%). O viés positivo da moeda é dado pela valorização generalizada do dólar no exterior em meio a quedas de commodities agrícolas, do petróleo e de metais básicos, como o cobre.

A volatilidade da moeda americana ante o real, no entanto, deve ser limitada ao longo da sessão. A preocupação com a inflação no País deve restringir o avanço das cotações assim como o fluxo cambial fraco pode estreitar o seu declínio.

Ciente do propósito do governo de que o câmbio oscile pouco, de modo a beneficiar o setor produtivo e evitar repasses aos preços, o mercado tende a operar com cautela. Até porque, os índices de inflação não dão trégua.

Nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o IPC-C1, que mensura os preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, subiu 0,98% em janeiro, ante 0,76% em dezembro. Além disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que a política de preços para os combustíveis pode mudar e, ainda, o governo vai flexibilizar a meta fiscal este ano, o que renova preocupações com a inflação.


O receio com um descontrole dos preços já leva alguns analistas a prever que um aperto monetário no futuro terá de ser convincente para conter o quadro inflacionário. Por isso, deve ser acelerado o estudo do governo com o objetivo de desonerar integralmente a cesta básica. Um novo reajuste dos combustíveis também não está no radar da Petrobras, apesar do resultado financeiro ruim da estatal no quarto trimestre de 2012.

Há grande expectativa no mercado pelos dados de fluxo cambial de janeiro, que serão divulgados às 12h30 pelo Banco Central. Os operadores e analistas vão saber se o fluxo cambial negativo até o dia 25 do mês passado, de US$ 2,692 bilhões, aumentou ou não no dado consolidado mensal. Segundo os agentes de câmbio, o fluxo cambial baixo para o País tende a limitar o movimento de baixa do dólar assim como a inflação elevada no País deve restringir um avanço significativo da moeda americana.

No exterior, o dólar opera em alta generalizada. Nos Estados Unidos, sem perspectiva de um acordo no Congresso sobre os cortes de longo prazo nos gastos públicos até o fim deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou na terça-feira por um acerto mais modesto.

A alternativa evitaria a aplicação da pena para o caso de não haver acordo sobre o tema: o disparo automático da redução de US$ 110 bilhões nas despesas federais em 2013 e de mais US$ 450 bilhões nos próximos oito anos.

No Japão, o dólar se sustenta acima de 93 ienes, amparado pela perspectiva dos analistas de que a renúncia antecipada de presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Masaaki Shirakawa, possivelmente em meados de março, irá acelerar mais medidas políticas pró-mercado.

Em Nova York, às 9h46, o euro estava em US$ 1,3528, de US$ 1,3587 no fim da tarde de ontem. O dólar subia a 93,67 ienes, de 93,64 ienes na véspera. O dólar norte-americano subia ante o dólar australiano (+0,75%), o dólar canadense (+0,22%), o peso chileno (+0,16%), a rupia indiana (+0,05%) e o dólar neozelandês (+0,36%).

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São Paulo - O mercado à vista de câmbio abriu nesta quarta-feira com o dólar em alta, de 0,10%, cotado a R$ 1,9880 no balcão. Em seguida, a moeda à vista testou uma mínima de R$ 1,9870 (+0,05%) e, por volta das 9h25, subiu até R$ 1,9890 (+0,15%).

No mercado futuro, às 9h29, o dólar para março de 2013 subia 0,13%, a R$ 1,9940, após oscilar de R$ 1,9920 (+0,03%) a R$ 1,9960 (+0,23%). O viés positivo da moeda é dado pela valorização generalizada do dólar no exterior em meio a quedas de commodities agrícolas, do petróleo e de metais básicos, como o cobre.

A volatilidade da moeda americana ante o real, no entanto, deve ser limitada ao longo da sessão. A preocupação com a inflação no País deve restringir o avanço das cotações assim como o fluxo cambial fraco pode estreitar o seu declínio.

Ciente do propósito do governo de que o câmbio oscile pouco, de modo a beneficiar o setor produtivo e evitar repasses aos preços, o mercado tende a operar com cautela. Até porque, os índices de inflação não dão trégua.

Nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o IPC-C1, que mensura os preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, subiu 0,98% em janeiro, ante 0,76% em dezembro. Além disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que a política de preços para os combustíveis pode mudar e, ainda, o governo vai flexibilizar a meta fiscal este ano, o que renova preocupações com a inflação.


O receio com um descontrole dos preços já leva alguns analistas a prever que um aperto monetário no futuro terá de ser convincente para conter o quadro inflacionário. Por isso, deve ser acelerado o estudo do governo com o objetivo de desonerar integralmente a cesta básica. Um novo reajuste dos combustíveis também não está no radar da Petrobras, apesar do resultado financeiro ruim da estatal no quarto trimestre de 2012.

Há grande expectativa no mercado pelos dados de fluxo cambial de janeiro, que serão divulgados às 12h30 pelo Banco Central. Os operadores e analistas vão saber se o fluxo cambial negativo até o dia 25 do mês passado, de US$ 2,692 bilhões, aumentou ou não no dado consolidado mensal. Segundo os agentes de câmbio, o fluxo cambial baixo para o País tende a limitar o movimento de baixa do dólar assim como a inflação elevada no País deve restringir um avanço significativo da moeda americana.

No exterior, o dólar opera em alta generalizada. Nos Estados Unidos, sem perspectiva de um acordo no Congresso sobre os cortes de longo prazo nos gastos públicos até o fim deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou na terça-feira por um acerto mais modesto.

A alternativa evitaria a aplicação da pena para o caso de não haver acordo sobre o tema: o disparo automático da redução de US$ 110 bilhões nas despesas federais em 2013 e de mais US$ 450 bilhões nos próximos oito anos.

No Japão, o dólar se sustenta acima de 93 ienes, amparado pela perspectiva dos analistas de que a renúncia antecipada de presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Masaaki Shirakawa, possivelmente em meados de março, irá acelerar mais medidas políticas pró-mercado.

Em Nova York, às 9h46, o euro estava em US$ 1,3528, de US$ 1,3587 no fim da tarde de ontem. O dólar subia a 93,67 ienes, de 93,64 ienes na véspera. O dólar norte-americano subia ante o dólar australiano (+0,75%), o dólar canadense (+0,22%), o peso chileno (+0,16%), a rupia indiana (+0,05%) e o dólar neozelandês (+0,36%).

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