O dólar rumo aos 3 reais
Afinal, os 3 reais vieram para ficar? Essa é a pergunta que investidores estão se fazendo após o dólar cair para 3,06 reais nesta quarta-feira. Com isso, a moeda fechou em seu menor valor desde junho de 2015. “Estamos vivendo um momento positivo no mercado. O dólar mais fraco é sinal de que investir no país […]
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 22h25.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h44.
Afinal, os 3 reais vieram para ficar? Essa é a pergunta que investidores estão se fazendo após o dólar cair para 3,06 reais nesta quarta-feira. Com isso, a moeda fechou em seu menor valor desde junho de 2015. “Estamos vivendo um momento positivo no mercado. O dólar mais fraco é sinal de que investir no país virou um bom negócio, o risco diminuiu”, afirma Raphael Figueredo, analista da corretora Clear.
Seja para aproveitar a ainda alta taxa de juros do país, em 13%, ou para investir em ações com a expectativa de melhora da economia, um fluxo grande de capital estrangeiro tem entrado no país. Para analistas, uma maior estabilidade na política local e a expectativa de que reformas importantes como a da Previdência sejam encaminhadas devem levar o dólar aos 3 reais ainda no curto prazo. Ao longo de todo o primeiro semestre, a tendência é que a moeda varie entre 3 e 3,15 reais, segundo analistas ouvidos por EXAME Hoje.
No médio prazo, porém alguns fatores podem fazer a moeda americana voltar a patamares mais elevados – até a casa dos 3,40. Entre eles estão a possibilidade de o Banco Central intervir mais para conter a forte queda da moeda e uma elevação de juros nos Estados Unidos, que tiraria investimentos do Brasil.
Nesta quarta-feira a presidente do banco central americano, Janet Yellen, disse no Senado que a melhor maneira de aquecer a política monetária é elevar a taxa de juros do país. A presidente ressaltou que um aumento na reunião do banco em março não está descartado. Por enquanto, o mercado ainda tem como improvável o aumento dos juros no curto prazo e aposta na elevação apenas no segundo semestre do ano – ainda assim, a depender das políticas de Donald Trump. Enquanto continuar assim, os brasileiros que querem viajar ao exterior agradecem, e os exportadores lamentam.