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Dólar avança de olho no exterior e Previdência

Às 12:05, o dólar avançava 0,36 por cento, a 3,7200 reais na venda, após fechar na véspera com alta de 1,09 por cento, a 3,7065 reais

Câmbio: dólar avançava ante o real nesta quinta-feira (Agrobacter/Getty Images)

Câmbio: dólar avançava ante o real nesta quinta-feira (Agrobacter/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 09h19.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 12h15.

São Paulo - O dólar avançava ante o real nesta quinta-feira, com certo receio quanto à tramitação da reforma da Previdência no Congresso em dia de mais articulações entre Executivo e Legislativo e cautela no exterior após dados fracos da indústria alemã.

Às 12:05, o dólar avançava 0,36 por cento, a 3,7200 reais na venda, após fechar na véspera com alta de 1,09 por cento, a 3,7065 reais.

O dólar futuro operava em alta de cerca de 0,6 por cento. A divisa norte-americana também subia quase 0,2 por cento ante uma cesta de moedas.

Do lado doméstico, deve persistir o sentimento do pregão anterior, quando surgiu algum receio entre investidores de que a votação da reforma da Previdência pode não vir com a rapidez esperada antes, como o prazo de julho, estimado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"O mercado reviu a questão da votação da Previdência e acha que em abril não vai dar (para votar na Câmara). Depois que viu que vai começar do zero, que não vai começar da proposta do Temer, acho que deve ser muito difícil cumprir o prazo de abril" afirmou Jaime Ferreira, diretor de câmbio da Intercam Corretora.

O ceticismo também deixa investidores estrangeiros reticentes em voltar ao mercado brasileiro, avaliam participantes do mercado.

Ainda segundo alguns agentes, pesam contra o governo as divergências nas falas de autoridades e também o tom agressivo de parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro contra a oposição, o que pode minar alguns votos importantes para chegar à maioria.

Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que o governo avalia que garantir a aprovação da reforma da Previdência é mais importante do que tramitá-la rapidamente..

Fato é, conforme declarações de Paulo Guedes, que a matéria só começará a avançar quando Bolsonaro, internado em São Paulo e ainda sem previsão de alta depois de uma cirurgia, voltar a Brasília. A palavra final é dele, garantiu o ministro.

Como ponderou o economista e diretor executivo da corretora NGO, Sidnei Moura Nehme, em nota, "tudo sugere que esteja ocorrendo um movimento corretivo dos exageros havidos", motivado justamente por um otimismo excessivo quanto à reforma da Previdência nos últimos pregões.

No exterior, o mercado observa uma queda inesperada na produção industrial da Alemanha, maior economia da Europa, em dezembro, quarto mês consecutivo de queda.

O dado divulgado nesta quinta-feira endossa temores de desaceleração econômica também na Europa.

Mas investidores ainda desfrutam de leve bom humor com a economia dos EUA após fortes dados de emprego, divulgados na semana passada. Na quarta-feira, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que a economia norte-americana está em boas condições e se mostrou resiliente até agora a choques como a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.

O BC brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 2,582 bilhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

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