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Dólar ronda estabilidade, de olho em BC, política e exterior

O BC fará nesta manhã outro leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, com oferta de até 20 mil contratos


	Notas de dólar: às 9h08, o dólar recuava 0,08%, a 3,6351 reais na venda
 (Adam Gault/Thinkstock)

Notas de dólar: às 9h08, o dólar recuava 0,08%, a 3,6351 reais na venda (Adam Gault/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 10h55.

São Paulo - O dólar recuava e era negociado próximo da casa dos 3,60 reais nesta quarta-feira, influenciado pelo cenário político brasileiro, pela atuação contida do Banco Central no câmbio e por menores expectativas de aumentos de juros nos Estados Unidos.

Às 10:21, o dólar recuava 0,73%, a 3,6114 reais na venda, após recuar mais de 1% e atingir 3,5986 reais na mínima da sessão.

"O mercado está com fome para vender dólar e hoje não faltou motivo", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Investidores continuavam a aumentar cada vez mais as apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff, perspectiva que vem contribuindo para reduzir as cotações da moeda norte-americana.

As bancadas do Partido Progressista (PP) na Câmara e no Senado se reúnem nesta manhã para discutir possível rompimento com o governo, o que pode enfraquecer ainda mais as defesas do governo.

A queda do dólar era influenciada também pela decisão do BC de vender apenas 2,7 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares, da oferta de até 20 mil contratos, mesmo com a pressão de baixa sobre o dólar.

A estratégia da autoridade monetária vem confundindo alguns operadores, em meio a especulações de que poderia ter como objetivo evitar que a moeda norte-americana recue muito para proteger exportadores e, assim, as contas externas do país "Não dá para entender muito bem as intenções do BC, então o mercado vai continuar testando (cotações mais baixas)", disse o operador de um banco internacional.

A queda do dólar vinha também em sintonia com os mercados externos, onde continuavam repercutindo declarações da véspera da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de que o banco central norte-americano deve adotar cautela para elevar os juros.

Eventual demora do Fed para apertar de novo a política monetária beneficiaria moedas emergentes, que oferecem rendimentos financeiros elevados.

Os juros futuros nos EUA indicavam chances de 40% de o Fed elevar os juros em julho, contra 51% na segunda-feira, segundo dados da CME.

Matéria atualizada às 10h55

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