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Dólar reduz alta após dados fracos de mercado de trabalho nos EUA

Às 12:13, o dólar avançava 0,35 por cento, a 3,8888 reais na venda, depois de tocar a máxima de 3,9254 reais

O dólar reduziu a alta ante o real nesta sexta-feira (Sertac Kayar/Reuters)

O dólar reduziu a alta ante o real nesta sexta-feira (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2018 às 12h42.

São Paulo - O dólar reduziu a alta ante o real nesta sexta-feira após os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fracos do que o inicialmente previstos reforçarem de menos aumento nos juros no país em 2019.

Fluxo de saída de recursos do mercado local, no entanto, mantinha alguma sustentação para a moeda, na contramão do mercado externo.

Às 12:13, o dólar avançava 0,35 por cento, a 3,8888 reais na venda, depois de tocar a máxima de 3,9254 reais. Nas três sessões anteriores, o dólar havia subido e acumulado alta de 0,85 por cento. O dólar futuro tinha valorização de cerca de 0,25 por cento.

"O relatório de emprego veio bem abaixo do esperado... A economia (dos EUA) aparentemente não está tão aquecida quanto o mercado tinha entendido, dadas as falas dos representantes do Fed, por isso a estimativa era tão alta", afirmou o diretor de operações da Mirae, Pablo Spyer.

Os EUA criaram 155 mil postos de trabalho no mês passado, ante projeção de 200 mil vagas de economistas ouvidos pela Reuters. O resultado sugere alguma moderação na atividade econômica, o que reforça a expectativa de menos aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve em 2019.

Desde cedo, a moeda já vinha operando em alta com um fluxo de saída de recursos reforçando a cautela dos investidores com o mercado internacional.

"Junte uma época de saída de recursos (do país), juros baixos, situação de desconforto no exterior e tem vários motivos para um dólar mais forte", explicou mais cedo o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.

O final do ano é uma época em que tradicionalmente há saída de recursos do país, com remessas de lucros e dividendos de empresas a suas matrizes, movimento que pode estar sendo potencializado pela forte aversão ao risco recente no mercado internacional, em boa medida por causa da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O impasse entre EUA e China na guerra comercial, um dia depois que o mundo tomou conhecimento da prisão de uma executiva chinesa a pedido dos norte-americanos, também deixava os investidores na defensiva.

Por ora, o Banco Central não anunciou qualquer intervenção adicional no mercado de câmbio, apesar do movimento de saída de recursos.

A autoridade vendeu nesta sessão 13,83 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,457 bilhões de dólares do total de 10,373 bilhões de dólares que vence em janeiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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