Exame Logo

Dólar recua mais após payroll sugerir moderação do Fed

Os resultados do payroll poderiam fazer o Federal Reserve repensar seu cronograma para a redução dos estímulos monetários

Troca reais por dólares em casa de câmbio: por volta das 13h25 o dólar à vista no balcão caía 1,21%, a R$ 2,3680, após atingir instantes atrás a mínima de R$ 2,3660 (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 13h01.

São Paulo - O dólar renovou na tarde desta sexta-feira, 10, suas mínimas ante o real, com a divisa norte-americana pressionada pelos resultados do payroll (relatório do mercado de trabalho), que poderiam fazer o Federal Reserve repensar seu cronograma para a redução dos estímulos monetários.

Ou seja, o banco central continuaria injetando dinheiro no sistema por mais tempo, o que pressionaria o dólar.

Por volta das 13h25 o dólar à vista no balcão caía 1,21%, a R$ 2,3680, após atingir instantes atrás a mínima de R$ 2,3660. O giro, no entanto, era modesto, próximo de US$ 415,76 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa.

No mercado futuro o dólar para fevereiro recuava 0,96%, a R$ 2,3820. O volume de negociação estava próximo de US$ 11,14 bilhões. No mesmo horário, o índice Dollar Index, que pesa a divisa norte-americana ante seis principais rivais, recuava 0,49%.

No mercado de juros, o payroll, que mostrou a criação de apenas 74 mil vagas de trabalho nos EUA em dezembro - quando a estimativa dos analistas era de geração de 200 mil postos - se sobrepôs ao resultado da inflação brasileira em 2013. A alta do IPCA, de 5,91%, superou o teto das previsões, de 5,88%.


Explicando a inflação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o IPCA no ano passado mostrou resistência "ligeiramente acima daquela que se antecipava", em função especialmente da depreciação cambial e custos originados no mercado de trabalho. Mesmo assim, ele ressaltou que o ritmo de alta nos preços ficou dentro dos limites estabelecidos pelo Comitê Monetário Nacional (CMN).

Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, inicialmente a menção de Tombini à resistência de inflação poderia ser vista como um sinal de que o ritmo de alta nos juros seria mantido. Entretanto, o fato do presidente da autoridade monetária ter ressaltado que a inflação está dentro da meta traz um viés dovish.

No horário mencionado acima a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,195% (na mínima da sessão), de 10,18% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 apontava 10,60% (também na mínima), de 10,58% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 estava em 12,28%, de 12,34%.

Na Bolsa, a recuperação da Petrobras (ON +2,16% e PN +2,99%) após a forte queda de ontem ajuda o Ibovespa, que sobe 1,10%, aos 49.862,11 pontos, e tenta retomar os 50 mil pontos.

Veja também

São Paulo - O dólar renovou na tarde desta sexta-feira, 10, suas mínimas ante o real, com a divisa norte-americana pressionada pelos resultados do payroll (relatório do mercado de trabalho), que poderiam fazer o Federal Reserve repensar seu cronograma para a redução dos estímulos monetários.

Ou seja, o banco central continuaria injetando dinheiro no sistema por mais tempo, o que pressionaria o dólar.

Por volta das 13h25 o dólar à vista no balcão caía 1,21%, a R$ 2,3680, após atingir instantes atrás a mínima de R$ 2,3660. O giro, no entanto, era modesto, próximo de US$ 415,76 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa.

No mercado futuro o dólar para fevereiro recuava 0,96%, a R$ 2,3820. O volume de negociação estava próximo de US$ 11,14 bilhões. No mesmo horário, o índice Dollar Index, que pesa a divisa norte-americana ante seis principais rivais, recuava 0,49%.

No mercado de juros, o payroll, que mostrou a criação de apenas 74 mil vagas de trabalho nos EUA em dezembro - quando a estimativa dos analistas era de geração de 200 mil postos - se sobrepôs ao resultado da inflação brasileira em 2013. A alta do IPCA, de 5,91%, superou o teto das previsões, de 5,88%.


Explicando a inflação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o IPCA no ano passado mostrou resistência "ligeiramente acima daquela que se antecipava", em função especialmente da depreciação cambial e custos originados no mercado de trabalho. Mesmo assim, ele ressaltou que o ritmo de alta nos preços ficou dentro dos limites estabelecidos pelo Comitê Monetário Nacional (CMN).

Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, inicialmente a menção de Tombini à resistência de inflação poderia ser vista como um sinal de que o ritmo de alta nos juros seria mantido. Entretanto, o fato do presidente da autoridade monetária ter ressaltado que a inflação está dentro da meta traz um viés dovish.

No horário mencionado acima a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,195% (na mínima da sessão), de 10,18% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 apontava 10,60% (também na mínima), de 10,58% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 estava em 12,28%, de 12,34%.

Na Bolsa, a recuperação da Petrobras (ON +2,16% e PN +2,99%) após a forte queda de ontem ajuda o Ibovespa, que sobe 1,10%, aos 49.862,11 pontos, e tenta retomar os 50 mil pontos.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarFed – Federal Reserve SystemMercado financeiroMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame