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Dólar recua após PIB do 1º tri, de olho em cenário político

Às 9h13, o dólar recuava 0,28%, a 3,6023 reais na venda, após marcar em maio o maior avanço mensal desde setembro

Dólares: o Banco Central ainda não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 15h02.

São Paulo - O dólar tinha uma sessão de leve sobe e desce nesta quarta-feira, em meio ao ambiente externo misto e com investidores avaliando que a fraqueza econômica brasileira deve perdurar mesmo após o Produto Interno Bruto ( PIB ) contrair menos que o esperado no primeiro trimestre.

Operadores citavam ainda fluxos corporativos de vendas de dólares como um fator que pressionava a moeda norte-americana para baixo no mercado local.

O cenário político turbulento no Brasil também era motivo de cautela, em meio a escândalos envolvendo figuras importantes do governo.

Às 12:35, o dólar recuava 0,29%, a 3,6018 reais na venda, após marcar em maio a maior alta mensal em oito meses. A moeda norte-americana chegou a cair a 3,5949 reais na mínima e 3,6365 reais na máxima da sessão.

O dólar futuro recuava cerca de 0,30%.

"Vimos alguns vendedores de dólares ao longo do dia, provavelmente atraídos pelas cotações altas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ele citou ainda o fato de que o dólar reduziu o avanço em relação às principais moedas emergentes, em linha com a recuperação dos preços do petróleo. Quatro fontes da Opep afirmaram à Reuters que a organização provavelmente vai discutir novo teto de produção em reunião na quinta-feira.

O mercado também observava com ceticismo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que contraiu menos que o esperado no primeiro trimestre.

"O número cheio (do PIB) é um pouco enganador. Quando você abre os dados, percebe que um fator importante foram os gastos do governo, que tendem a diminuir no futuro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

A economia brasileira encolheu 0,3% no primeiro trimestre em relação ao período anterior, abaixo da contração de 0,8% prevista por analistas em pesquisa Reuters.

O consumo do governo mostrou expansão de 1,1% na comparação com o quarto trimestre de 2015.

O governo do presidente interino Michel Temer propôs na semana passada limites de gastos públicos e vem afirmando que anunciará outras medidas para colocar a economia de volta nos trilhos.

Muitos operadores temem, porém, que enfrente dificuldades para angariar apoio no Congresso Nacional devido à instabilidade política.

Essa percepção ganhou força nas últimas semanas com a saída de dois ministros em meio a notícias sugerindo que eles se oporiam às operação Lava Jato, que investiga escândalo de corrupção centrado na Petrobras.

O Banco Central ainda não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão. A autoridade monetária realizou na sessão passada leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, após ficar ausente do mercado por sete sessões consecutivas.

Matéria atualizada às 15h02

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São Paulo - O dólar tinha uma sessão de leve sobe e desce nesta quarta-feira, em meio ao ambiente externo misto e com investidores avaliando que a fraqueza econômica brasileira deve perdurar mesmo após o Produto Interno Bruto ( PIB ) contrair menos que o esperado no primeiro trimestre.

Operadores citavam ainda fluxos corporativos de vendas de dólares como um fator que pressionava a moeda norte-americana para baixo no mercado local.

O cenário político turbulento no Brasil também era motivo de cautela, em meio a escândalos envolvendo figuras importantes do governo.

Às 12:35, o dólar recuava 0,29%, a 3,6018 reais na venda, após marcar em maio a maior alta mensal em oito meses. A moeda norte-americana chegou a cair a 3,5949 reais na mínima e 3,6365 reais na máxima da sessão.

O dólar futuro recuava cerca de 0,30%.

"Vimos alguns vendedores de dólares ao longo do dia, provavelmente atraídos pelas cotações altas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ele citou ainda o fato de que o dólar reduziu o avanço em relação às principais moedas emergentes, em linha com a recuperação dos preços do petróleo. Quatro fontes da Opep afirmaram à Reuters que a organização provavelmente vai discutir novo teto de produção em reunião na quinta-feira.

O mercado também observava com ceticismo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que contraiu menos que o esperado no primeiro trimestre.

"O número cheio (do PIB) é um pouco enganador. Quando você abre os dados, percebe que um fator importante foram os gastos do governo, que tendem a diminuir no futuro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

A economia brasileira encolheu 0,3% no primeiro trimestre em relação ao período anterior, abaixo da contração de 0,8% prevista por analistas em pesquisa Reuters.

O consumo do governo mostrou expansão de 1,1% na comparação com o quarto trimestre de 2015.

O governo do presidente interino Michel Temer propôs na semana passada limites de gastos públicos e vem afirmando que anunciará outras medidas para colocar a economia de volta nos trilhos.

Muitos operadores temem, porém, que enfrente dificuldades para angariar apoio no Congresso Nacional devido à instabilidade política.

Essa percepção ganhou força nas últimas semanas com a saída de dois ministros em meio a notícias sugerindo que eles se oporiam às operação Lava Jato, que investiga escândalo de corrupção centrado na Petrobras.

O Banco Central ainda não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão. A autoridade monetária realizou na sessão passada leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, após ficar ausente do mercado por sete sessões consecutivas.

Matéria atualizada às 15h02

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