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Dólar pode cair ainda mais no curto prazo, diz Ibiúna

Gestora vê espaço para maior apetite ao risco no mercado ao longo do primeiro semestre do ano que vem

Dólar: moeda americana deve cair, segundo gestora (Igor Golovniov/Getty Images)

Dólar: moeda americana deve cair, segundo gestora (Igor Golovniov/Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 14h56.

Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 14h57.

Expectativas de que o Federal Reserve (Fed) antecipe o inicio o ciclo de queda juros e não volte mais a subir provocaram a desvalorização do dólar no mundo. O movimento de baixa da moeda americana, no entanto, ainda não chegou ao fim. Essa, ao menos, é a aposta da gestora Ibiúna, com R$ 29 bilhões sob gestão.

Contra o dólar, a Ibiúna segue apostando em moedas emergentes, inclusive o real. No mercado de moedas, a gestora também tem feito operações pontuais, "buscando explorar alavancagem via opções de curto prazo".

"Vemos possibilidade concreta de cortes de juros se iniciando no mundo desenvolvido em meados do próximo ano", escreveu a Ibiúna em carta aos investidores. Em novembro, investidores chegaram a precificar quase 50% de chance de o Fed iniciar os cortes de juros a partir da decisão de março. Para a gestora, no entanto, as  apostas são "excessivas dadas as incertezas ainda presentes não só nos dados de atividade e inflação".

Na visão da Ibiúna, os bancos centrais devem adotar uma posição mais conservadora, preocupados em sedimentar a ainda recente baixa da inflação. "Isto nos sugere cautela com um possível período de consolidação nos mercados no futuro próximo."

A gestora, no entanto, vê espaço para um ambiente de investimentos pró-risco ao longo do primeiro semestre, caso a expectativa de inflação baixa para 2024 se confirme.  Segundo a Ibiúna, oportunidades de investimento estão sendo estudadas nesta virada do ano para aproveitar o momento positivo que espera que se forme no ano que vem.

Incertezas e otimismo local

Quanto ao ambiente local, a Ibiúna acredita que o ponto central sejam as metas fiscais de 2024 a 2026. [Vemos] seguidas tentativas de enfraquecimento do frágil  arcabouço fiscal vigente têm levado a dúvidas sobre sua efetividade em conter uma trajetória de crescimento acelerado da dívida pública mesmo que só a médio prazo." Tudo isso, ressaltou a gestora, com o produto interno bruto (PIB) surpreendendo para cima e a inflação para baixo. "Esse conjunto de fundamentos nos sugere uma visão construtiva no curto prazo com os ativos no Brasil, mas uma avaliação cautelosa em prazos mais longos."

Diante desse cenário, a Ibiúna reduziu as posições aplicadas em juros nominais e reais, favorecidas por perspectivas de juros mais baixos. No mercado de ações, a escolha tem sido por posições relativas por meio de pares long-and-short, em que o investidor entra comprado numa ponta e vendido em outra, com retorno atrelado à variação entre os papéis.

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