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Dólar passa a cair com fluxo; mercado continua à espera de Fed

Às 11h58, o dólar recuava 0,30% a 3,7436 reais na venda, depois de ir a 3,7707 reais na máxima do dia

O mercado espera mais duas altas de juros neste ano, diante da força da economia (Tsokur/Thinkstock)

O mercado espera mais duas altas de juros neste ano, diante da força da economia (Tsokur/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 13h13.

São Paulo - O dólar abandonou a trajetória de alta vista no início dos negócios e passou a operar em queda ante o real nesta quarta-feira, com fluxo pontual de recursos, mas com os investidores ainda aguardavam a decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, nesta tarde.

Às 11:58, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,7436 reais na venda, depois de ir a 3,7707 reais na máxima do dia. O dólar futuro caía cerca de 0,33 por cento.

"De certa forma, o mercado está ficando mais calejado com o Trump", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, acrescentando também que os investidores não esperam surpresas com a reunião do Fed, com posição mais "dovish".

Isso porque há avaliações de que a guerra comercial dos EUA com outros países possa impactar a economia norte-americana e minimizar a necessidade de mais juros à frente.

Para a reunião de agora, cujo resultado será divulgado às 15:00 (horário de Brasília), as expectativas são de manutenção da taxa básica de juros pelo Fed, mas o comunicado será importante para os próximos passos de política monetária. O mercado espera mais duas altas de juros neste ano, diante da força da economia.

Os dados do mercado de trabalho conhecidos mais cedo mostraram que a economia norte-americana seguia robusta e ajudavam a justificar esse aumento gradual dos juros. Mais juros nos EUA ajudam a atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

Mais cedo, as ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, de elevar a 25 por cento as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos importados da China, com promessa de retaliação pelos chineses caso isso seja de fato feito, fizeram o dólar subir ante o real.

No exterior, o dólar exibia leve alta ante uma cesta de moedas e operava misto frente as divisas de países emergentes,

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 240 milhões de dólares do total que vence em setembro. Esse foi o primeiro leilão para essa rolagem.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de 5,255 bilhões de dólares.

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