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O dólar a 3,16 veio para ficar?

Parece que foi ontem que a cotação do dólar beirava os 3,50 reais. Mas faz pouco mais de 40 dias. No início de dezembro, a moeda era cotada a 3,47 reais. Ontem, o dólar fechou a 3,16 reais – o menor patamar desde o dia 8 de novembro – data em que os americanos foram […]

DÓLAR: analistas mais otimistas já projetam dólar próximo dos 3 reais, outros seguem com 3,48 no radar / Gary Cameron/Reuters
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 19h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.

Parece que foi ontem que a cotação do dólar beirava os 3,50 reais. Mas faz pouco mais de 40 dias. No início de dezembro, a moeda era cotada a 3,47 reais. Ontem, o dólar fechou a 3,16 reais – o menor patamar desde o dia 8 de novembro – data em que os americanos foram às urnas para escolher seu futuro presidente e as pesquisas (e o mercado) ainda apontavam que Hillary Clinton venceria a disputa.

No patamar de 3,16 reais, o dólar zerou todo o ganho que teve com investidores apostando que Donald Trump vai fortalecer a economia americana. “Há ausência de novidades na política econômica de Trump. Até agora o presidente não deu nenhum detalhe sobre as suas propostas econômicas. Quanto mais o tempo passa mais a desconfiança do mercado aumenta”, diz Raphael Figueredo, analista da corretora Clear.

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Para analistas, as falas de Trump devem ditar o ritmo do dólar nos próximos meses. Além disso, o cenário interno com a trajetória de queda dos juros e reformas fiscais devem influenciar no desempenho da moeda. Para Figueiredo, o dólar pode chegar ao patamar entre 3 e 3,10 reais com as reformas econômicas sendo conduzidas e a medida em que a economia do país voltar a crescer.

“O cenário interno está mais otimista, a economia deve voltar a crescer em breve e isso ajuda a estabilizar o dólar em um patamar mais baixo”, diz Arnaldo Curvello, diretor da corretora Ativa. Para ele, o dólar deve ficar entre 3,15 e 3,20 reais ao longo do ano.

Segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, economistas ainda acreditavam, até semana passada, num dólar de 3,40 até o final do ano. O banco Itaú projeta o dólar em 3,48 reais em dezembro. Quem está certo, evidentemente, é impossível saber. O economista Celso Toledo, colunista de EXAME Hoje, relembra um célebre estudo de Richard Meese e Kenneth Rogoff, que, nos anos 80, mostrou que as previsões de modelos consagrados não eram mais assertivas que a regra que diz que o câmbio de amanhã será igual ao de hoje. Convém ser maleável em relação ao câmbio, ainda mais no Brasil.

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