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Dólar observa exterior, sem muito espaço para recuar

Após fechar a R$ 1,827 na sexta-feira, o dólar não deve encontrar muito espaço para cair no balcão, com o governo acompanhando de perto as cotações

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 10h22.

São Paulo - O mercado de dólar abre o dia sem um rumo definido, com as cotações próximas da estabilidade, de olho no exterior e no fluxo de recursos ao longo do dia. Após fechar a R$ 1,827 na sexta-feira, o dólar não deve encontrar muito espaço para cair no balcão, com o governo acompanhando de perto as cotações. O dólar abriu estável hoje.

"O mercado abriu um pouco estável, olhando a Europa, e vai aguardar dados mais claros. Ele deve esperar também o fluxo ao longo do dia", afirmou um operador. "Mas não é qualquer notícia que vai mudar o rumo dos negócios. Mesmo a Europa pode fazer o mercado oscilar apenas pontualmente."

De acordo com este profissional, o mercado de câmbio no Brasil segue mais sensível para cima, sem muito espaço para cair. A baixa é limitada pela dúvida sobre a adoção de novas medidas cambiais por parte do governo, que segue monitorando o efeito do câmbio sobre as exportações brasileiras. Vale lembrar que, amanhã, o governo anuncia uma nova bateria de medidas para impulsionar a indústria e a economia do País como um todo, o que também deixa o mercado à espera.

Na Europa, o euro oscila em margem estreita, influenciado por indicadores fracos da zona do euro (que reúne os países que utilizam o euro como moeda). De acordo com a Markit Economics, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) industrial caiu para 47,7 em março na zona do euro, de 49,0 em fevereiro, confirmando estimativas preliminares. Esse foi o oitavo mês seguido de leitura abaixo de 50, o que sinaliza contração da atividade. Também foi a maior contração em três meses.

Já o total de desempregados na zona do euro subiu para um novo recorde em fevereiro, segundo dados da Eurostat. O número aumentou 162 mil e somou 17,134 milhões, o mais alto desde que os registros começaram a ser feitos, em janeiro de 1995. A taxa de desemprego atingiu 10,8%, ante 10,7% em janeiro, sendo a maior desde junho de 1997.

A China, por sua vez, divulgou dados mistos no fim de semana. O índice oficial de atividade subiu de 51 em fevereiro para 53,1 em março, o melhor nível em 12 meses. No entanto, o índice PMI HSBC caiu para 48,3 em março, de 49,6 em fevereiro.

Ainda hoje, a agenda no Brasil traz os dados da balança comercial em março, às 15 horas, enquanto nos Estados Unidos saem o índice de atividade industrial (gerentes de compras) em março e os investimentos no setor de construção em fevereiro.

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