(Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 28 de junho de 2023 às 10h21.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 18h15.
O dólar hoje fechou em alta de 1,02% a R$4,847. Ontem, o dólar fechou em alta de 0,67% a R$4,798.
O dólar está em alta, impulsionado pela repercussão da ata do Copom, que indica a possibilidade de queda nos juros em agosto, e pela expectativa em torno dos primeiros dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE. A perspectiva de redução da taxa de juros pode diminuir o diferencial entre as taxas brasileiras e americanas, fortalecendo o dólar.
Além disso, os investidores aguardam os resultados do censo, que fornecerão informações cruciais sobre a população e suas características, podendo impactar as perspectivas econômicas e a moeda nacional. A cautela e a busca por segurança no mercado cambial refletem essa conjuntura, levando ao aumento do valor do dólar.
O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 4,847. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,910. Na última terça, a moeda era negociada a R$4,798.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.