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Dólar fecha praticamente estável, após 3 quedas seguidas

Moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,05 por cento, a 2,2154 reais na venda

Mão segurando notas de dólares: segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 18h47.

São Paulo - O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, após recuar nas três últimas sessões e testar o piso informal de 2,20 reais, em meio às preocupações com as turbulências políticas com a Ucrânia.

A moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,05 por cento, a 2,2154 reais na venda, após acumular queda de 1,44 por cento nos três pregões anteriores. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares.

"O dólar caiu muito nos últimos três dias. Ontem bateu em 2,20 reais, atraiu compradores e voltou. Além disso, a situação na Ucrânia continua gerando cautela", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

É consenso no mercado que o nível de 2,20 reais tornou-se um piso informal para a divisa norte-americana, num cenário de fluxo positivo ao país. A interpretação é que o patamar agrada o Banco Central pois não é inflacionário e, ao mesmo tempo, não prejudica as exportações.

A tese ganhou força principalmente após o BC deixar vencer alguns swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, nos últimos dois meses, pouco após a moeda norte-americana ter ido abaixo dos 2,20 reais. Agora, cortou pela metade a oferta de contratos na rolagem em curso.

No fim da manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 5 mil swaps na rolagem. No total, já rolou cerca de 13 por cento do lote total que vence em 2 de junho, equivalente a 9,653 bilhões de dólares.

Nas atuações diárias, o BC continuou vendendo a oferta total de até 4 mil contratos. Foram 1,2 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 2,8 mil contratos para 2 de março de 2015, com volume equivalente a 198,5 milhões de dólares.

Após o fechamento, a autoridade monetária anunciou para segunda-feira a realização da oferta diária com até 4 mil contratos de swap para 1º de dezembro deste ano e 2 de março do ano que vem. E divulgou também o leilão de até 5 mil papéis para 1º de abril e 1º de julho de 2015 com objetivo de rolar swaps que vencem em 2 de junho.

O dólar foi negociado em alta sobre o real praticamente durante todo este pregão, perdendo força na reta final dos negócios. Na semana, a moeda norte-americana acumulou leve queda de 0,18 por cento.

Também influenciaram o mercado mais notícias no exterior.

Separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia ignoraram o apelo público do presidente russo Vladimir Putin para adiar um referendo, afirmando que prosseguirão com a votação no domingo.

"O mercado vai continuar avesso ao risco enquanto não ficar claro qual vai ser o impacto desse impasse da Ucrânia sobre a economia global", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, ressaltando a possibilidade de sanções mais duras contra os envolvidos.

Texto atualizado às 18h47min do mesmo dia, com anúncio de swap para 2ª-feira.

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São Paulo - O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, após recuar nas três últimas sessões e testar o piso informal de 2,20 reais, em meio às preocupações com as turbulências políticas com a Ucrânia.

A moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,05 por cento, a 2,2154 reais na venda, após acumular queda de 1,44 por cento nos três pregões anteriores. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares.

"O dólar caiu muito nos últimos três dias. Ontem bateu em 2,20 reais, atraiu compradores e voltou. Além disso, a situação na Ucrânia continua gerando cautela", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

É consenso no mercado que o nível de 2,20 reais tornou-se um piso informal para a divisa norte-americana, num cenário de fluxo positivo ao país. A interpretação é que o patamar agrada o Banco Central pois não é inflacionário e, ao mesmo tempo, não prejudica as exportações.

A tese ganhou força principalmente após o BC deixar vencer alguns swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, nos últimos dois meses, pouco após a moeda norte-americana ter ido abaixo dos 2,20 reais. Agora, cortou pela metade a oferta de contratos na rolagem em curso.

No fim da manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 5 mil swaps na rolagem. No total, já rolou cerca de 13 por cento do lote total que vence em 2 de junho, equivalente a 9,653 bilhões de dólares.

Nas atuações diárias, o BC continuou vendendo a oferta total de até 4 mil contratos. Foram 1,2 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 2,8 mil contratos para 2 de março de 2015, com volume equivalente a 198,5 milhões de dólares.

Após o fechamento, a autoridade monetária anunciou para segunda-feira a realização da oferta diária com até 4 mil contratos de swap para 1º de dezembro deste ano e 2 de março do ano que vem. E divulgou também o leilão de até 5 mil papéis para 1º de abril e 1º de julho de 2015 com objetivo de rolar swaps que vencem em 2 de junho.

O dólar foi negociado em alta sobre o real praticamente durante todo este pregão, perdendo força na reta final dos negócios. Na semana, a moeda norte-americana acumulou leve queda de 0,18 por cento.

Também influenciaram o mercado mais notícias no exterior.

Separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia ignoraram o apelo público do presidente russo Vladimir Putin para adiar um referendo, afirmando que prosseguirão com a votação no domingo.

"O mercado vai continuar avesso ao risco enquanto não ficar claro qual vai ser o impacto desse impasse da Ucrânia sobre a economia global", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, ressaltando a possibilidade de sanções mais duras contra os envolvidos.

Texto atualizado às 18h47min do mesmo dia, com anúncio de swap para 2ª-feira.

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