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Dólar fecha no maior patamar ante o real em 5 meses

O dólar fechou no maior patamar ante o real em cinco meses nesta quinta-feira, 23, a R$ 2,4000 no mercado à vista de balcão

Dólares: o dólar operou em alta ante o real desde a abertura dos negócios (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 16h17.

São Paulo - O dólar fechou no maior patamar ante o real em cinco meses nesta quinta-feira, 23, a R$ 2,4000 no mercado à vista de balcão, após acentuar os ganhos na segunda parte da sessão, em meio ao nervosismo que atingiu outras moedas-commodities no exterior. O dólar operou em alta ante o real desde a abertura dos negócios.

No início do dia, a moeda foi impulsionada pela contração da atividade industrial na China em janeiro e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil. A divisa dos Estados Unidos ganhou força na segunda parte da sessão, e superou o patamar de R$ 2,40, influenciada pelo nervosismo que também atingiu outras moedas de países emergentes, como a lira turca e o peso argentino.

Na Turquia, houve intervenção direta do BC do país no mercado, vendendo dólares aos bancos, enquanto na Argentina, a autoridade monetária deixou o câmbio livre para flutuar.

Profissional ouvido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disse que a influência da lira turca é mais direta sobre o real que a do peso argentino.

"A Turquia é um emergente como o Brasil. Quando você está operando um fundo estrangeiro, você está olhando para o mercado de moedas da Turquia, mas também do Brasil. Mas não está olhando, necessariamente, para a Argentina", justificou. De acordo com ele, as operações que envolvem o real brasileiro e o peso argentino são poucas, influenciando menos o mercado.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,4000, uma alta de 1,31%. O valor marca o maior nível de fechamento desde 22 de agosto, quanto a moeda terminou cotada em R$ 2,4380. Perto das 16h30, o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era robusto, de US$ 1,438 bilhão. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 1,03%, a R$ 2,4050. O volume de negociação também estava acima da média recente, próximo de US$ 20 bilhões.

Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,67% em janeiro, ante 0,75% em dezembro. O resultado ficou abaixo do piso das expectativas obtidas por levantamento do AE Projeções, de 0,75%.

Em 12 meses, a alta acumulada é de 5,63%. Além disso, o Copom divulgou a ata da última reunião. O documento foi considerado firme pela maioria do mercado e, ainda que alguns tenham citado um tom ameno, o consenso de que o BC deixou a porta aberta em relação aos próximos passos não desautorizou a possibilidade de a Selic subir 0,50 ponto porcentual em fevereiro.

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São Paulo - O dólar fechou no maior patamar ante o real em cinco meses nesta quinta-feira, 23, a R$ 2,4000 no mercado à vista de balcão, após acentuar os ganhos na segunda parte da sessão, em meio ao nervosismo que atingiu outras moedas-commodities no exterior. O dólar operou em alta ante o real desde a abertura dos negócios.

No início do dia, a moeda foi impulsionada pela contração da atividade industrial na China em janeiro e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil. A divisa dos Estados Unidos ganhou força na segunda parte da sessão, e superou o patamar de R$ 2,40, influenciada pelo nervosismo que também atingiu outras moedas de países emergentes, como a lira turca e o peso argentino.

Na Turquia, houve intervenção direta do BC do país no mercado, vendendo dólares aos bancos, enquanto na Argentina, a autoridade monetária deixou o câmbio livre para flutuar.

Profissional ouvido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disse que a influência da lira turca é mais direta sobre o real que a do peso argentino.

"A Turquia é um emergente como o Brasil. Quando você está operando um fundo estrangeiro, você está olhando para o mercado de moedas da Turquia, mas também do Brasil. Mas não está olhando, necessariamente, para a Argentina", justificou. De acordo com ele, as operações que envolvem o real brasileiro e o peso argentino são poucas, influenciando menos o mercado.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,4000, uma alta de 1,31%. O valor marca o maior nível de fechamento desde 22 de agosto, quanto a moeda terminou cotada em R$ 2,4380. Perto das 16h30, o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era robusto, de US$ 1,438 bilhão. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 1,03%, a R$ 2,4050. O volume de negociação também estava acima da média recente, próximo de US$ 20 bilhões.

Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,67% em janeiro, ante 0,75% em dezembro. O resultado ficou abaixo do piso das expectativas obtidas por levantamento do AE Projeções, de 0,75%.

Em 12 meses, a alta acumulada é de 5,63%. Além disso, o Copom divulgou a ata da última reunião. O documento foi considerado firme pela maioria do mercado e, ainda que alguns tenham citado um tom ameno, o consenso de que o BC deixou a porta aberta em relação aos próximos passos não desautorizou a possibilidade de a Selic subir 0,50 ponto porcentual em fevereiro.

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