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Dólar fecha em alta de 0,18% a R$ 1,665

Por Silvana Rocha São Paulo - O dólar comercial fechou em alta de 0,18% a R$ 1,665 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula queda de 1,60% e no ano, -4,48%. Na BM&F, a divisa fechou com alta de 0,30% negociada a R$ 1,667. O euro comercial registrou queda de 0,56% a […]

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 14h09.

Por Silvana Rocha

São Paulo - O dólar comercial fechou em alta de 0,18% a R$ 1,665 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula queda de 1,60% e no ano, -4,48%. Na BM&F, a divisa fechou com alta de 0,30% negociada a R$ 1,667. O euro comercial registrou queda de 0,56% a R$ 2,325.

Depois de oscilar entre leves queda e alta mais cedo, a moeda firmou-se no positivo à tarde em meio ao recuo do euro para o patamar de US$ 1,39 - pela manhã, a moeda da zona do euro subiu até US$ 1,4160. Além disso, o mercado reagiu à entrevista do ministro da Fazendo, Guido Mantega, admitindo que o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as aplicações de investidores estrangeiros em renda fixa não surtiu o efeito esperado e que "o governo tomará todas as medidas para impedir abusos no Brasil". Segundo o ministro, o foco do governo agora será o mercado futuro de câmbio. "Infelizmente não podemos aplicar IOF em derivativos", afirmou e, em seguida, avisou: "Mas temos outros instrumentos: limitar exposição a risco e limitar a alavancagem das empresas".

Em entrevista à GloboNews, Mantega disse que o governo está "particularmente atento" para as operações do mercado futuro. "Não se preocupem, porque nós temos as armas." Segundo ele, a alavancagem é alta e, "por isso assusta", uma vez que nessas operações os investidores podem fazer grande volume de operações com pouco dinheiro. A título de exemplo citou que com R$ 10 bilhões é possível fazer operações de até R$ 100 bilhões.

Mantega também voltou a defender a política de acumulação de reserva, por meio de compra de dólares no mercado à vista. Ao ser questionado sobre o custo fiscal dessas políticas, o ministro respondeu: "Nós temos um custo de fato, mas é melhor pagar este custo do que ter uma economia mais vulnerável". Ele avaliou ainda que essa política de acomodação de reservas é segura e deu certo na crise financeira internacional. "E hoje, o Brasil caminha para ser uma das economias com maior reserva do mundo. Já estamos com mais de US$ 280 bilhões de dólares. Vamos chegar rapidamente a US$ 300 bilhões."

Segundo o ministro, o objetivo do governo é impedir a volatilidade do câmbio.

Mais cedo, os negócios foram pautados pela agenda norte-americana e o dólar no balcão oscilou de uma mínima intraday, de R$ 1,654 (-0,48%), registrada logo após a abertura, a uma máxima por volta das 11h30, de R$ 1,665 (+0,18%). Primeiro, a fala do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, fez os investidores reafirmarem as apostas na ideia de que o banco central norte-americano está pronto para adotar novas medidas para estimular a economia. Em reação, o dólar tombou e o euro ultrapassou o patamar de US$ 1,41. Depois, os dados econômicos mistos dos EUA deixaram o mercado de câmbio volátil, diante da advertência de Bernanke de que os próximos passos do Fed dependem dos indicadores futuros.

Somaram-se a isso preocupações demonstradas pelo líder dos ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogroup, Jean-Claude Juncker, com a força do euro. "As taxas de câmbio deveriam refletir os fundamentos econômicos. Eu não acho que no momento atual as taxas de câmbio estejam refletindo os fundamentos econômicos", disse. Em Nova York às 16h43, o euro cedia a US$ 1,3966, de US$ 1,4077 no fim da tarde de ontem; e o dólar estava em 81,45 ienes, de 81,51 ienes ontem.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 0,75% e foi negociado em média à R$ 1,753 na ponta de venda e a R$ 1,613 na compra. O euro turismo fechou com ganho de 1,23% a R$ 2,467 (venda) e R$ 2,267 (compra).

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