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Dólar fecha em alta com exterior e incertezas sobre Copom

O volume de negócios no mercado à vista totalizava R$ 1,559 bilhão perto das 16h30. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 1,32%, a R$ 2,6130

Dólar: no fim dos negócios no balcão, o dólar à vista subiu 1,28%, aos R$ 2,6080 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 16h45.

São Paulo - O dólar registrou nesta quinta-feira, 29, a maior alta porcentual ante o real desde 2 de janeiro, acompanhando o avanço da moeda americana ante outras divisas no exterior.

Além disso, recebeu suporte da leitura de que o Copom deixou em aberto a possibilidade de uma redução do ritmo de aperto monetário.

No fim dos negócios no balcão, o dólar à vista subiu 1,28%, aos R$ 2,6080.

O volume de negócios no mercado à vista totalizava R$ 1,559 bilhão perto das 16h30. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 1,32%, a R$ 2,6130.

O dólar acelerou os ganhos durante à tarde, à medida que investidores comprados em derivativos cambiais aproveitaram o forte viés de alta para o dólar em função do exterior para puxar ainda mais as cotações.

O movimento foi uma preparação para a briga, que se intensifica amanhã, para a determinação da ptax que servirá de referência para liquidação dos contratos de fevereiro.

O avanço da moeda dos EUA nesta quinta-feira foi favorecido pela alta registrada ante outras divisas no exterior e pelo conteúdo da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada hoje.

No documento, o BC destacou pressões adicionais sobre os preços relativos neste ano e também reforçou a ideia de que a convergência da inflação à meta só ocorrerá em 2016.

No entanto, a instituição deixou seu próximo passo em aberto, podendo ajustar a Selic em 0,50 ponto porcentual ou 0,25 ponto porcentual em março.

Ontem, o mercado precificava chance maior de 0,50 pp e hoje fez uma pequena correção em baixa, mantendo as apostas divididas, explicou uma fonte da área de renda fixa.

No âmbito internacional, o dólar ganhou força, ajudado pelo comunicado de ontem do Federal Reserve (Fed), que, para alguns analistas, mostrou um tom mais hawkish em alguns trechos(favorável à alta dos juros).

Segundo Sebastien Galy, analista do Société Générale, uma frase do comunicado pode indicar que o banco central dos EUA está "pronto para ser mais hawkish do que o esperado" se for necessário.

O BC dos EUA afirmou no comunicado que "se as informações futuras indicarem progresso mais rápido em direção aos objetivos de emprego e inflação do Comitê do que o esperado atualmente, então os aumentos na faixa da meta da taxa dos Fed funds provavelmente ocorrerão mais cedo do que o antecipado atualmente".

Além disso, havia fatores específicos para a alta do dólar ante várias moedas emergentes.

A lira turca perdeu força ante o dólar, por exemplo, diante da expectativa de que o Banco Central da Turquia anuncie um corte de juros em reunião extraordinária na próxima semana.

Na Rússia, o rublo recuou ante o dólar, com operadores atribuindo o movimento à nova queda do petróleo durante a madrugada.

Os resultados das contas do governo central também foram observados no Brasil.

Segundo o Tesouro Nacional, o resultado do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registraram déficit de R$ 17,242 bilhões em 2014, marcando o pior desempenho da série histórica que teve início em 1997.

Foi o primeiro déficit da série e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dado contrariou a previsão do governo de fechar o ano com um superávit de R$ 10,1 bilhões e reforça as incertezas dos investidores sobre o cumprimento da meta fiscal.

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São Paulo - O dólar registrou nesta quinta-feira, 29, a maior alta porcentual ante o real desde 2 de janeiro, acompanhando o avanço da moeda americana ante outras divisas no exterior.

Além disso, recebeu suporte da leitura de que o Copom deixou em aberto a possibilidade de uma redução do ritmo de aperto monetário.

No fim dos negócios no balcão, o dólar à vista subiu 1,28%, aos R$ 2,6080.

O volume de negócios no mercado à vista totalizava R$ 1,559 bilhão perto das 16h30. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 1,32%, a R$ 2,6130.

O dólar acelerou os ganhos durante à tarde, à medida que investidores comprados em derivativos cambiais aproveitaram o forte viés de alta para o dólar em função do exterior para puxar ainda mais as cotações.

O movimento foi uma preparação para a briga, que se intensifica amanhã, para a determinação da ptax que servirá de referência para liquidação dos contratos de fevereiro.

O avanço da moeda dos EUA nesta quinta-feira foi favorecido pela alta registrada ante outras divisas no exterior e pelo conteúdo da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada hoje.

No documento, o BC destacou pressões adicionais sobre os preços relativos neste ano e também reforçou a ideia de que a convergência da inflação à meta só ocorrerá em 2016.

No entanto, a instituição deixou seu próximo passo em aberto, podendo ajustar a Selic em 0,50 ponto porcentual ou 0,25 ponto porcentual em março.

Ontem, o mercado precificava chance maior de 0,50 pp e hoje fez uma pequena correção em baixa, mantendo as apostas divididas, explicou uma fonte da área de renda fixa.

No âmbito internacional, o dólar ganhou força, ajudado pelo comunicado de ontem do Federal Reserve (Fed), que, para alguns analistas, mostrou um tom mais hawkish em alguns trechos(favorável à alta dos juros).

Segundo Sebastien Galy, analista do Société Générale, uma frase do comunicado pode indicar que o banco central dos EUA está "pronto para ser mais hawkish do que o esperado" se for necessário.

O BC dos EUA afirmou no comunicado que "se as informações futuras indicarem progresso mais rápido em direção aos objetivos de emprego e inflação do Comitê do que o esperado atualmente, então os aumentos na faixa da meta da taxa dos Fed funds provavelmente ocorrerão mais cedo do que o antecipado atualmente".

Além disso, havia fatores específicos para a alta do dólar ante várias moedas emergentes.

A lira turca perdeu força ante o dólar, por exemplo, diante da expectativa de que o Banco Central da Turquia anuncie um corte de juros em reunião extraordinária na próxima semana.

Na Rússia, o rublo recuou ante o dólar, com operadores atribuindo o movimento à nova queda do petróleo durante a madrugada.

Os resultados das contas do governo central também foram observados no Brasil.

Segundo o Tesouro Nacional, o resultado do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registraram déficit de R$ 17,242 bilhões em 2014, marcando o pior desempenho da série histórica que teve início em 1997.

Foi o primeiro déficit da série e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dado contrariou a previsão do governo de fechar o ano com um superávit de R$ 10,1 bilhões e reforça as incertezas dos investidores sobre o cumprimento da meta fiscal.

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