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Dólar fecha em alta com exterior e dados de fluxo

A moeda encerrou em alta de 0,26%, a R$ 2,2720, no balcão. No mercado futuro, o dólar para maio subia 0,35%, a R$ 2,2865, perto das 17 horas


	Dólar: segundo uma fonte, a moeda norte-americana ante o real acompanhou o comportamento da divisa ante o euro e o iene
 (Getty Images)

Dólar: segundo uma fonte, a moeda norte-americana ante o real acompanhou o comportamento da divisa ante o euro e o iene (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 17h45.

São Paulo - O dólar à vista subiu nesta quarta-feira, 2, com uma combinação de fatores, que inclui dados econômicos dos Estados Unidos e de fluxo cambial semanal no Brasil.

A moeda encerrou em alta de 0,26%, a R$ 2,2720, no balcão. No mercado futuro, o dólar para maio subia 0,35%, a R$ 2,2865, perto das 17 horas.

Segundo uma fonte, a moeda norte-americana ante o real acompanhou o comportamento da divisa ante o euro e o iene, numa resposta ao dado da Automatic data Processing/Moody's Analytics, que mostrou criação de 191 mil postos de trabalho nos EUA em março (setor privado).

O número de vagas criadas em fevereiro foi revisado para 178 mil, de 139 mil. Além disso, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, teria contribuído para o movimento ao afirmar esperar que a primeira elevação das taxas de juro de curto prazo no país aconteça no primeiro trimestre de 2015.

A maioria dos profissionais do mercado de câmbio consultados hoje citou, ainda, o dado de fluxo cambial semanal no país como motivo para o avanço da moeda norte-americana internamente.

O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,738 bilhões na semana entre os dias 24 e 28 de março, sendo o fluxo financeiro negativo em US$ 2,001 bilhões no mesmo período. Em março até o dia 28, porém, o fluxo cambial total está positivo em US$ 2,731 bilhões, com o financeiro positivo em US$ 3,663 bilhões.

Nesta noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic para 11% ao ano. É o que espera a maioria dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o que está precificado pelos juros futuros de curto prazo.

As atenções recaem sobre o comunicado que acompanhará a decisão e poderá dar sinais para o próximo encontro do colegiado, em maio.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "a confiança daqueles que fazem investimento, daqueles que entendem o que está acontecendo no país, não foi abalada".

Em entrevista ao programa Bom Dia ministro, da EBC, ele disse que "o termômetro é o investimento estrangeiro direto (IED). Não tem melhor termômetro que o cidadão que vem investir no Brasil e é um investimento de longo prazo", argumentou. Ele reafirmou que o Brasil continua tendo um grande fluxo de capital, com aumento do IED e da aplicação em renda fixa.

Mantega lembrou ainda que foram mais de US$ 10 bilhões em IED em janeiro e fevereiro. "A confiança existe sim", reforçou.

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