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Dólar fecha em alta ante o real, acompanhando exterior

O dólar e outros ativos considerados seguros foram beneficiados pela aversão ao risco desencadeada na Europa por dados fracos e crise de banco português


	Dólar: no fim da sessão, moeda à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,2210, no balcão
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Dólar: no fim da sessão, moeda à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,2210, no balcão (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 17h49.

São Paulo - O dólar terminou em alta ante o real na sessão desta quinta-feira, 10, em sintonia com o avanço registrado ante outras moedas no exterior.

O dólar e outros ativos considerados seguros, como os Treasuries (títulos norte-americanos), foram beneficiados pela aversão ao risco desencadeada na Europa por problemas em um banco português e dados fracos da região.

Além disso, alguns dados da China favoreceram a busca por segurança.

O avanço do dólar ajudou a sustentar o viés positivo da curva de juros futuros, à medida que os indicadores domésticos anunciados pela manhã já estavam precificados pelo mercado.

No fim da sessão, o dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,2210, no balcão. O volume de negócios somava US$ 1,668 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto tinha alta de 0,25%, a R$ 2,2350.

O dólar operou em terreno positivo desde o início da sessão, favorecido pelo avanço no exterior, após uma onda de fuga por segurança impulsionar a moeda, que é visto como um porto seguro em momentos de turbulência.

O mau humor nos mercados foi desencadeado pela crise financeira do Banco Espírito Santo (BES) e pela queda da produção industrial reportada pela França e pela Itália.

Também pesou sobre o sentimento dos investidores o superávit comercial abaixo da mediana registrado pela China.

Indicadores econômicos do Brasil se juntaram ao conjunto de notícias ruins da sessão. A produção industrial brasileira recuou em sete dos 14 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje pelo IBGE. As vendas de papelão também caíram 3,38% na prévia de junho ante junho de 2013, para 261,580 mil toneladas.

Em relação à inflação, a primeira prévia do IGP-M de julho caiu 0,50%, ante recuo de 0,64% na primeira prévia do mesmo índice de junho. O recuo ficou dentro das projeções do mercado, de entre -0,63% a -0,10%, mas superou a mediana das expectativas, de -0,30%.

O Banco Central realizou os leilões de contratos de swaps cambiais programados, após interrompê-los ontem devido ao feriado em São Paulo.

A instituição vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados, totalizando de US$ 198,8 milhões. Na oferta para rolagem, foram vendidos 7 mil contratos que vencem em 1º de agosto de 2014, num total de US$ 346,7 milhões.

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