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Dólar fecha com leve alta, mas sobe mais de 1% na semana

A moeda norte-americana subiu 0,20 por cento nesta sexta-feira, cotada a 1,9560 real na venda

Na semana, no entanto, o dólar ainda acumulou alta de mais de 1 por cento, subindo 1,56 por cento (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 17h58.

São Paulo - O dólar fechou apenas com leve alta ante o real nesta sexta-feira, com a moeda norte-americana acompanhando a volatilidade vista no cenário externo em um dia de baixo volume financeiro, e com operadores mais cautelosos perto do fechamento da sessão. Na semana, no entanto, o dólar ainda acumulou alta de mais de 1 por cento, subindo 1,56 por cento, também seguindo o cenário de maior aversão ao risco no exterior e completando nove pregões sem que o Banco Central intervenha no mercado de câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,20 por cento nesta sexta-feira, cotada a 1,9560 real na venda, mantendo a maior cotação desde 14 de julho de 2009. Ao longo da sessão, a moeda oscilou entre 1,9395 real e 1,9653 real. "O mercado teve volatilidade, mas no final acabou caminhando para a estabilidade, com um volume bem pequeno. Acompanhamos um pouco lá fora", afirmou o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. Pela manhã, o dólar chegou a subir ante o real. Durante a tarde, no entanto, passou a cair e a ampliar perdas. Mais perto do fechamento, acabou por ficar próximo da estabilidade.

Seguiram esse movimento as principais bolsas internacionais e outras moedas nesta sexta-feira. Às 17h15 (horário de Brasília), ante uma cesta de divisas , o dólar apresentava, por exemplo, alta de 0,21 por cento. As precupações com a Grécia e com países da zona do euro tem mantido os investidores cautelosos.

Os últimos esforços para formação de um governo grego após as eleições do último domingo encontram dificuldades, enquanto Espanha e França ficaram sob intensa pressão da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) O operador ouvido pela Reuters diz acreditar ainda que os investidores podem ter sido mais cautelosos no final da semana, e que vão preferir esperar o que pode acontecer na próxima, com a moeda, por enquanto, se mantendo perto do patamar de 1,95 real.


"Parece que o mercado não está querendo fugir muito desse patamar de 1,95 real", completou Amado. Em relação à alta de mais de 1 por cento acumulada na semana, o operador afirmou que o quadro internacional negativo também prevaleceu para a valorização do dólar ante o real, o que pode ter sido acompanhado por uma diminuição do fluxo de entrada de dólares. A dúvida agora seria quando o BC pode atuar vendendo a divisa norte-americana, para evitar uma valorização excessiva da moeda.

"Havia uma expectativa de que talvez o BC vendesse dólar no patamar de 1,95 real, mas esse patamar já foi rompido. O BC pode deixar o câmbio subir mais", disse um economista que prefere não ser identificado. Segundo ele, a dúvida agora é se, perto de 2 reais, a autoridade monetária chegará a vender dólares, ao enxergar uma possível pressão inflacionária maior.

No entanto, até o momento o governo está indicando que não vê essa pressão. Membros da equipe econômica, com declarações principalmente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, indicaram na quinta-feira que não projetam na alta do dólar um problema à trajetória da inflação. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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São Paulo - O dólar fechou apenas com leve alta ante o real nesta sexta-feira, com a moeda norte-americana acompanhando a volatilidade vista no cenário externo em um dia de baixo volume financeiro, e com operadores mais cautelosos perto do fechamento da sessão. Na semana, no entanto, o dólar ainda acumulou alta de mais de 1 por cento, subindo 1,56 por cento, também seguindo o cenário de maior aversão ao risco no exterior e completando nove pregões sem que o Banco Central intervenha no mercado de câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,20 por cento nesta sexta-feira, cotada a 1,9560 real na venda, mantendo a maior cotação desde 14 de julho de 2009. Ao longo da sessão, a moeda oscilou entre 1,9395 real e 1,9653 real. "O mercado teve volatilidade, mas no final acabou caminhando para a estabilidade, com um volume bem pequeno. Acompanhamos um pouco lá fora", afirmou o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. Pela manhã, o dólar chegou a subir ante o real. Durante a tarde, no entanto, passou a cair e a ampliar perdas. Mais perto do fechamento, acabou por ficar próximo da estabilidade.

Seguiram esse movimento as principais bolsas internacionais e outras moedas nesta sexta-feira. Às 17h15 (horário de Brasília), ante uma cesta de divisas , o dólar apresentava, por exemplo, alta de 0,21 por cento. As precupações com a Grécia e com países da zona do euro tem mantido os investidores cautelosos.

Os últimos esforços para formação de um governo grego após as eleições do último domingo encontram dificuldades, enquanto Espanha e França ficaram sob intensa pressão da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) O operador ouvido pela Reuters diz acreditar ainda que os investidores podem ter sido mais cautelosos no final da semana, e que vão preferir esperar o que pode acontecer na próxima, com a moeda, por enquanto, se mantendo perto do patamar de 1,95 real.


"Parece que o mercado não está querendo fugir muito desse patamar de 1,95 real", completou Amado. Em relação à alta de mais de 1 por cento acumulada na semana, o operador afirmou que o quadro internacional negativo também prevaleceu para a valorização do dólar ante o real, o que pode ter sido acompanhado por uma diminuição do fluxo de entrada de dólares. A dúvida agora seria quando o BC pode atuar vendendo a divisa norte-americana, para evitar uma valorização excessiva da moeda.

"Havia uma expectativa de que talvez o BC vendesse dólar no patamar de 1,95 real, mas esse patamar já foi rompido. O BC pode deixar o câmbio subir mais", disse um economista que prefere não ser identificado. Segundo ele, a dúvida agora é se, perto de 2 reais, a autoridade monetária chegará a vender dólares, ao enxergar uma possível pressão inflacionária maior.

No entanto, até o momento o governo está indicando que não vê essa pressão. Membros da equipe econômica, com declarações principalmente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, indicaram na quinta-feira que não projetam na alta do dólar um problema à trajetória da inflação. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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