Mercados

Dólar comercial abre em baixa de 0,48%, a R$ 1,671

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,48%, negociado a R$ 1,671 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,36% e foi cotada a R$ 1,679 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 09h00.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,48%, negociado a R$ 1,671 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,36% e foi cotada a R$ 1,679 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista ainda não havia registrado negócios às 9h57 (horário de Brasília).

Os mercados resolveram apostar na aprovação do orçamento da Irlanda, que prevê cortes de 15 bilhões de euros em quatro anos e, desde a tarde de ontem, assumem mais riscos. Isso colocou o dólar abaixo de R$ 1,68 no Brasil. A dúvida agora é sobre se os investidores terão apetite para continuar a trajetória de queda.

Alguns investidores também aguardam a posição do Banco Central (BC) e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, diante desse patamar de cotação. Em um passado recente, a retórica era forte no sentido de impedir uma maior valorização do real cada vez que o dólar rompia, para baixo, a marca de R$ 1,70. Várias medidas chegaram a ser tomadas para mostrar o desagrado do governo com o câmbio valorizado, com destaque para a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capital estrangeiro direcionado à renda fixa e os esforços do Brasil para conseguir aval internacional para ações de controle de capitais por parte de países emergentes.

Porém, desde que Mantega viajou ao lado da presidente eleita, Dilma Rousseff, para Dubai, onde houve a reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), o discurso mudou. Informações de bastidores dão conta que a alteração é uma determinação da futura presidente, que quer todos os esforços voltados para o controle de inflação, com a menor taxa de juros possível. Isso não é compatível com o dólar alto.

Vale lembrar que hoje começa a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do BC, Henrique Meirelles, participa do encontro e depois embarca para Madri, para um evento internacional. Hoje, o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do BC, Alexandre Tombini, que substituirá Meirelles, será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a partir das 10 horas. O mercado deve ficar de olho para tentar antever a linha a ser adotada pelo futuro comandante das políticas monetária e cambial.

No exterior, os investidores mostram simpatia pela ideia de que o presidente dos EUA, Barack Obama, vai estender a redução de impostos a fatias maiores da população para incentivar a economia norte-americana. Na China, com a proximidade da divulgação da taxa de inflação de novembro, prevista para a próxima segunda-feira, o mercado começa a temer que o juro seja elevado.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Ações da Tesla caem no aftermarket após queda de 45% no lucro do 2º tri

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Mais na Exame