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Dólar comercial abre em alta de 0,63%, a R$ 1,587

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,63%, negociado a R$ 1,587 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana caiu 0,38% e foi cotada a R$ 1,577 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,65%, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 10h27.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,63%, negociado a R$ 1,587 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana caiu 0,38% e foi cotada a R$ 1,577 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,65%, negociado a R$ 1,586.

Os mercados internacionais registram novas perdas hoje, ainda como reflexo ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, que não soaram bem para os investidores. Ele disse que o crescimento da economia dos EUA neste ano é desigual entre os diferentes segmentos e está bastante abaixo do previsto. Referindo-se ao mercado de trabalho, ele afirmou que a recuperação está "frustrante e lenta".

Essa percepção de que a retomada norte-americana está aquém do previsto tem enfraquecido o dólar por vários pregões. Hoje, no entanto, o efeito é contrário. Apesar de ter feito prognósticos ruins para a economia, Bernanke não sinalizou nenhuma medida adicional de estímulo. A moeda dos EUA está conseguindo beneficiar-se do sentimento de aversão ao risco na comparação com o euro e com as moedas emergentes. Já no que se refere ao iene, a trajetória é de queda.

O ganho do dólar diante do euro e das moedas emergentes conta também com notícias da Europa. As bolsas de Londres e Paris recuam nesta manhã e a queda é ainda maior na Alemanha, porque o destaque econômico europeu de hoje vem de lá e não é bom. A produção industrial alemã, que junto com sinais positivos na França vem sendo um alento para o velho continente, caiu 0,6% em abril.

No Brasil, boa parte das atenções do dia são voltadas para o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas desta vez não há polêmicas e o mercado fechou um consenso. Todas as 75 instituições consultados pela Agência Estado preveem alta de 0,25 ponto porcentual no juro básico. A menos que haja uma grande surpresa, o mercado de câmbio não se moverá por isso.

Outro assunto que certamente será comentado pelo mercado é a saída do ministro da Casa Civil Antonio Palocci do governo. Mas também isso não deve influenciar o câmbio, assim como ocorreu quando estouraram as suspeitas sobre eventual enriquecimento ilícito do ministro. Desde o começo, tudo que o mercado queria é que o assunto não ganhasse maiores proporções e fosse resolvido sem abalar a credibilidade e a economia do País. O mercado prefere ver o ministro substituído a correr o risco de que o assunto evolua para um escândalo que afete a presidente Dilma Rousseff. Resta saber se o assunto vai morrer por aí.

O mercado vai olhar também para os dados do fluxo cambial, que devem sair ao final da manhã. Entre os dias 23 e 27 de maio, o saldo ficou negativo em US$ 2,641 bilhões, com o fluxo comercial positivo em US$ 1,100 bilhão e o financeiro, negativo em US$ 3,741 bilhões.

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São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,63%, negociado a R$ 1,587 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana caiu 0,38% e foi cotada a R$ 1,577 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,65%, negociado a R$ 1,586.

Os mercados internacionais registram novas perdas hoje, ainda como reflexo ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, que não soaram bem para os investidores. Ele disse que o crescimento da economia dos EUA neste ano é desigual entre os diferentes segmentos e está bastante abaixo do previsto. Referindo-se ao mercado de trabalho, ele afirmou que a recuperação está "frustrante e lenta".

Essa percepção de que a retomada norte-americana está aquém do previsto tem enfraquecido o dólar por vários pregões. Hoje, no entanto, o efeito é contrário. Apesar de ter feito prognósticos ruins para a economia, Bernanke não sinalizou nenhuma medida adicional de estímulo. A moeda dos EUA está conseguindo beneficiar-se do sentimento de aversão ao risco na comparação com o euro e com as moedas emergentes. Já no que se refere ao iene, a trajetória é de queda.

O ganho do dólar diante do euro e das moedas emergentes conta também com notícias da Europa. As bolsas de Londres e Paris recuam nesta manhã e a queda é ainda maior na Alemanha, porque o destaque econômico europeu de hoje vem de lá e não é bom. A produção industrial alemã, que junto com sinais positivos na França vem sendo um alento para o velho continente, caiu 0,6% em abril.

No Brasil, boa parte das atenções do dia são voltadas para o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas desta vez não há polêmicas e o mercado fechou um consenso. Todas as 75 instituições consultados pela Agência Estado preveem alta de 0,25 ponto porcentual no juro básico. A menos que haja uma grande surpresa, o mercado de câmbio não se moverá por isso.

Outro assunto que certamente será comentado pelo mercado é a saída do ministro da Casa Civil Antonio Palocci do governo. Mas também isso não deve influenciar o câmbio, assim como ocorreu quando estouraram as suspeitas sobre eventual enriquecimento ilícito do ministro. Desde o começo, tudo que o mercado queria é que o assunto não ganhasse maiores proporções e fosse resolvido sem abalar a credibilidade e a economia do País. O mercado prefere ver o ministro substituído a correr o risco de que o assunto evolua para um escândalo que afete a presidente Dilma Rousseff. Resta saber se o assunto vai morrer por aí.

O mercado vai olhar também para os dados do fluxo cambial, que devem sair ao final da manhã. Entre os dias 23 e 27 de maio, o saldo ficou negativo em US$ 2,641 bilhões, com o fluxo comercial positivo em US$ 1,100 bilhão e o financeiro, negativo em US$ 3,741 bilhões.

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