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Dólar começa o dia em ligeira queda

Após a ata do BC, o investidor é influenciado pelas preocupações com a inflação no Brasil e dúvidas quanto ao início do ciclo de aperto monetário

O dólar abriu em queda de 0,35%, a R$ 1,9700 e o futuro opera em queda de 0,30%, a R$ 1,9700 ( Joe Raedle/Newsmakers)

O dólar abriu em queda de 0,35%, a R$ 1,9700 e o futuro opera em queda de 0,30%, a R$ 1,9700 ( Joe Raedle/Newsmakers)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 10h19.

São Paulo - O dólar abriu em leve queda e deve oscilar entre margens estreitas, como ocorreu nos últimos dias, refletindo a fraqueza da moeda no exterior, que opera em direções mistas, e a cautela do Banco Central mostrada na ata do Copom.

Após a ata, o investidor é influenciado pelas preocupações com a inflação no Brasil e dúvidas quanto ao início do ciclo de aperto monetário.

Na quinta-feira (14), a moeda norte-americana passou boa parte da sessão no negativo, mas acabou fechando em alta, de 0,25%, a R$ 1,9770, na máxima do dia. No exterior, o dólar cai ante o euro e é negociado perto da estabilidade em relação ao iene.

Na Europa, a expectativa é com o última dia da reunião de cúpula da União Europeia. Os líderes discutem maneiras de estimular o crescimento e a criação de emprego na região, além de ser esperado o anúncio de resgate financeiro ao Chipre.

O dólar abriu em queda de 0,35%, a R$ 1,9700 e o futuro opera em queda de 0,30%, a R$ 1,9700.

O mercado considerou a ata bem mais suave do que se esperava e com isso, aqueles que apostavam em uma alta da Selic em abril, passaram a repensar suas projeções, avaliando que o BC pode ser mais cauteloso e aguardar por mais indicadores.

Essa percepção foi reforçada no final do dia na quinta-feira (14), após notícia publicada por uma agência internacional, citando fonte não identificada, dizendo que a presidente Dilma Rousseff teria dado o aval ao Banco Central para subir o juro caso a autoridade monetária julgue ser necessário.


"O mercado piorou um pouco aqui por causa da questão da inflação. Parece que o BC deixou de ver o dólar como instrumento de ajuda contra a inflação", comentou há pouco um operador. Segundo ele, o dólar pode ter maior valorização, dentro da banda estreita de R$ 1,95 a R$ 2,00.

A libra esterlina subia ante o dólar, pelo terceiro dia consecutivo, desta vez por causa de declarações do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em ingles), que disse que as autoridades não estão tentando enfraquecer a moeda inglesa. "Estamos nos movendo para uma taxa de câmbio corretamente valorizada", disse. Isso depois de a libra ter caído perto de 7% em pouco mais de dois meses.

O iene também subia ante o dólar, reagindo à aprovação da indicação de Haruhiko Kuroda para presidente do Banco do Japão (BoJ) e dos vice-presidentes Kikuo Iwata e Hiroshi Nakasoa, que já sinalizaram que podem buscar uma flexibilização monetária ainda maior para ajudar a impulsionar a economia.

Nos EUA, as atenções vão para indicadores que saem nesta sexta-feira: o índice de atividade industrial Empire State, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), e dados de produção industrial e confiança do consumidor.

Às 8h57, o euro subia a US$ 1,3063, de US$ 1,3005 no fim da tarde de ontem. O dólar cai a 96,01 ienes, de 96,13 ienes no fim da tarde de quinta-feira (14). A libra subia a US$ 1,5161 (+0,52%). O Dollar Index (DXY) perdia 0,28%, a 82,294.

O dólar seguia em direções mistas ante as moedas correlacionadas a commodities: dólar canadense (-0,17%); dólar neozelandês (+0,01%); dólar australiano (+0,24%); lira turca (+0,00%); rand sul-africano (+0,31%); rupia indiana (-0,60%); rublo russo (-0,13%).

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