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Dólar chega a bater R$ 3,15 com exterior e expectativa de fluxo

Às 11:44, a moeda americana recuava 0,55 por cento, a 3,1741 reais na venda, depois de bater 3,1532 reais na mínima da sessão

Dólar: recuo da moeda norte-americana fazia crescer nas mesas de operação expectativas sobre eventual atuação do BC no mercado de câmbio (iStock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 12h01.

São Paulo - O dólar caía sobre o real nesta quinta-feira, sintonizado com o comportamento da moeda norte-americana no exterior e expectativas de entrada de recursos de fora, em meio a um tom mais otimista com a economia brasileira diante da perda de força da inflação.

Às 11:44, o dólar recuava 0,55 por cento, a 3,1741 reais na venda, depois de bater 3,1532 reais na mínima da sessão, com queda de mais de 1 por cento. O dólar futuro cedia cerca de 1 por cento.

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"O corte (da Selic) também indicou maior confiança do Banco Central de que a inflação está caindo... Isso é uma leitura positiva para a retomada da atividade", resumiu o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Na noite passada, o BC surpreendeu ao reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, a 13 por cento ao ano, intensificando o ritmo de afrouxamento monetário para além do esperado pelo mercado diante de sinais de retomada econômica mais demorada após dois anos de profunda recessão.

Também passou a ver a inflação abaixo do centro da meta neste ano, em 4 por cento, contra 4,4 por cento antes, sugerindo espaço suficiente para mais cortes robustos na Selic. Juros menores tendem a estimular o consumo por baratearem o crédito.

Apesar do corte significativo da Selic, o juro doméstico seguia como o mais alto do mundo, segundo levantamento da Infinity Asset, o que mantinha a atratividade do Brasil aos investidores.

Como o BC sinalizou que deve aprofundar o tamanho dos cortes, muitos investidores estrangeiros podem antecipar suas aplicações no Brasil.

Essas expectativas de mais ingressos de recursos também eram alimentadas por emissões de empresas. Depois da Petrobras, a Fibria também anunciou captação no exterior.

A cena externa também contribuía para a queda do dólar nesta sessão, com a moeda norte-americana recuando ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o pesos mexicano e chileno, depois de o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não ter trazido nada de alarmante em sua entrevista da véspera.

O recuo da moeda norte-americana fazia crescer nas mesas de operação expectativas sobre eventual atuação do BC no mercado de câmbio, já que patamares abaixo de 3,20 reais eram tidos como um sinal de alerta. A autoridade monetária não entra desde o dia 13 de dezembro.

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