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Dólar cai para R$ 1,754, menor taxa desde 12 de janeiro

São Paulo - O dólar comercial registrou hoje a sexta queda consecutiva no mercado interbancário de câmbio e fechou cotado a R$ 1,754, recuo de 0,45% no dia, menor taxa desde 12 de janeiro deste ano. No mês, acumula baixa de 1,52% e no ano, alta de 0,63%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O dólar comercial registrou hoje a sexta queda consecutiva no mercado interbancário de câmbio e fechou cotado a R$ 1,754, recuo de 0,45% no dia, menor taxa desde 12 de janeiro deste ano. No mês, acumula baixa de 1,52% e no ano, alta de 0,63%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar à vista fechou o pregão desta terça-feira a R$ 1,7545 (-0,41%). Já o euro comercial cedeu 1,09% no dia para R$ 2,351.

Pela manhã, o dólar ameaçou interromper a sequência de quedas diante das renovadas preocupações com a Grécia, que fizeram com que a moeda abrisse o pregão em alta. Mas uma reviravolta levou a moeda a abraçar a sexta queda consecutiva, diante de um fluxo de recursos ainda não identificado, que garantiu o descolamento do cenário local em relação às demais divisas.

"O mercado está encharcado de dólares e isso não estimula o apetite pela moeda", afirmou José Carlos Amado, operador de câmbio da Renascença Corretora. A origem dos recursos que chegam ao País, entretanto, ainda é desconhecida dos especialistas que acompanham o setor. "Ninguém identificou nada específico, mas há um pouco mais de entrada", citou Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora.

O fato é que o saldo de capital externo na Bovespa no acumulado de 2010 voltou a ficar positivo na última quinta-feira, dia 1º, em R$ 119,231 milhões. A Bolsa não registrava superávit de recursos estrangeiros no ano desde 20 de janeiro. No dia 1º de abril, entraram R$ 322,801 milhões em investimento estrangeiro na Bovespa.

Além disso, depois de quase um mês de especulações, a JBS Friboi - maior produtor de carne bovina do mundo - anunciou os detalhes da oferta de ações que fará no mercado brasileiro, que poderá atingir R$ 2,187 bilhões, com base na cotação de fechamento os papéis da empresa na Bolsa na quinta-feira.

No exterior, vários fatores pressionaram o euro, todos ligados à Grécia. Rumores de que o país estaria articulando um novo pacote de ajuda, desta vez sem o FMI, foram negados oficialmente, mas não evitaram que o sinal de alerta fosse novamente aceso. Além disso, notícia do jornal britânico Daily Telegraph de hoje informou que os bancos gregos estão enfrentando uma onda de saques por parte dos clientes de maior poder aquisitivo e grandes corporações.

Já na ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgada hoje à tarde, os diretores concordaram que a "atividade econômica continuou a se fortalecer e que o mercado de mão de obra parece estar se estabilizando". "A informação recebida sobre a atividade econômica ao longo do período entre reuniões foi um tanto desigual, mas no geral confirmou que a recuperação econômica provavelmente vai prosseguir em um ritmo moderado", disse a ata do Fed.

Câmbio turismo

No segmento de câmbio turismo, o dólar caiu 0,91% hoje para R$ 1,853 (venda) e R$ 1,66 (compra). O euro turismo recuou 2,21% para R$ 2,477 (venda) e R$ 2,233 (compra).

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