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Dólar cai mais de 1,5% e vai abaixo de R$ 3,80

Na sessão passada, a divisa dos Estados Unidos havia avançado 2,68 por cento e renovado a máxima em treze anos


	Dólares: na sessão passada, a divisa dos Estados Unidos havia avançado 2,68 por cento e renovado a máxima em treze anos
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Dólares: na sessão passada, a divisa dos Estados Unidos havia avançado 2,68 por cento e renovado a máxima em treze anos (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 10h49.

São Paulo - O dólar caía mais de 1,5 por cento e era negociado abaixo de 3,80 reais nesta terça-feira, após o Banco Central aumentar sua intervenção no câmbio e em meio ao apetite por risco nos mercados externos diante do avanço das bolsas chinesas.

Às 10:18, o dólar recuava 1,68 por cento, a 3,7958 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana perdeu 2,10 por cento, a 3,7793 reais.

Na sessão passada, a divisa dos Estados Unidos havia avançado 2,68 por cento e renovado a máxima em treze anos.

"O alívio do mercado hoje vem por causa dos leilões de linha do BC e dos mercados externos, com a alta da bolsa da China. Mas a tendência, no curto prazo, ainda é de alta (do dólar)", disse o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

O BC ofertará até 3 bilhões de dólares em dois leilões, marcados para 15h30 a 15h35 e 15h50 a 15h55. A data de recompra do leilão "A" será de 4 de novembro de 2015 e a do leilão "B", 2 de dezembro de 2015. Na segunda-feira da semana passada, o BC já havia realizado um leilão de linha, com oferta de até 2,4 bilhões de dólares.

Pela manhã, a autoridade monetária também dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

O reforço na intervenção do BC vem em meio à escalada da moeda norte-americana diante de preocupações com a deterioração das contas públicas do Brasil, que poderia provocar a perda do selo de bom pagador do país, e com a desaceleração da economia chinesa.

Nesta sessão, contudo, as bolsas chinesas subiram quase 3 por cento, trazendo de volta a demanda por ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais.

Na semana passada, da Nomura Securities e o banco JPMorgan elevaram suas projeções para a moeda norte-americana, prevendo que a divisa encerrará o ano a 4 e 4,10 reais, respectivamente.

As projeções anteriores eram de 3,40 e 3,55 reais.

Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados. De maneira geral, no entanto, operadores avaliaram que o BC quer diminuir o ritmo do avanço, e não impedi-lo, movimento que entendem como inevitável.

"A alta (do dólar) foi muito súbita e o mercado está falando em saídas (de divisas)", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.

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