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Dólar cai em linha com exterior, mas feriado traz cautela

Resultados sólidos de empresas de tecnologia norte-americanas ajudaram a impulsionar as bolsas na Europa e em Nova York. Há expectativa com a decisão do Copom

Investidores também estão na expectativa para a decisão do Comitê de Política Monetária sobre a Selic (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 10h55.

São Paulo - O dólar operava em baixa nesta quarta-feira, véspera de feriado e dia de decisão do Copom, com o mercado doméstico acompanhando o desempenho da moeda nos mercados internacionais.

Às 10h35, o dólar era vendido a 1,571 real, em queda de 0,32 por cento. Frente a uma cesta de moedas, o dólar caía 0,81 por cento. O euro avançava 1,14 por cento, vendido a 1,4500 dólar.

"Não tem nada de destaque internamente, é um movimento de recuperação de algumas moedas, com enfraquecimento do dólar no mercado internacional", destacou Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.

O maior apetite por risco nos mercados europeus seguia um leilão de bônus da Espanha que foi bem recebido por investidores. Além disso, resultados sólidos de empresas de tecnologia norte-americanas ajudavam a impulsionar as bolsas na Europa e em Nova York.

"Nesses últimos dias houve uma alta desproporcional (do dólar ante o real) com a notícia da S&P, foi um movimento emocional que foi todo devolvido ontem, e hoje tem esse otimismo nas bolsas, nos mercados de câmbio", afirmou Lima, referindo-se à redução da perspectiva do rating dos EUA pela Standard & Poor's na segunda-feira.

Mas o fato de o mercado doméstico estar fechado nos próximos dois dias, devido aos feriados de Tiradentes e Sexta-Feira Santa, pode trazer cautela durante a sessão. Além disso, o baixo nível do dólar traz receio de novas medidas por parte do governo para conter a desvalorização.

Desde o dia 1o de abril o Banco Central não realiza leilão de swap cambial reverso e o último leilão de compra de dólar a termo foi no dia 8 de abril. Desde o dia 11, o BC vem promovendo apenas dois leilões de compra à vista.

Segundo profissionais do mercado, o fluxo de ingressos continua acentuado, mas os investidores estão mais receosos em derrubar demais a moeda.

"Acho que neste nível de taxa, seria um exagero o BC não fazer nada, pelo menos mais um swap reverso, um leilão a termo.

Não acredito em mudança violenta de sinal (para alta), mas algo para minimizar a queda ainda é possível", afirmou Lima.

Os investidores também estão na expectativa para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e no mercado de juros futuros as apostas estão migrando mais para uma elevação menor, de 0,25 ponto percentual.

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São Paulo - O dólar operava em baixa nesta quarta-feira, véspera de feriado e dia de decisão do Copom, com o mercado doméstico acompanhando o desempenho da moeda nos mercados internacionais.

Às 10h35, o dólar era vendido a 1,571 real, em queda de 0,32 por cento. Frente a uma cesta de moedas, o dólar caía 0,81 por cento. O euro avançava 1,14 por cento, vendido a 1,4500 dólar.

"Não tem nada de destaque internamente, é um movimento de recuperação de algumas moedas, com enfraquecimento do dólar no mercado internacional", destacou Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.

O maior apetite por risco nos mercados europeus seguia um leilão de bônus da Espanha que foi bem recebido por investidores. Além disso, resultados sólidos de empresas de tecnologia norte-americanas ajudavam a impulsionar as bolsas na Europa e em Nova York.

"Nesses últimos dias houve uma alta desproporcional (do dólar ante o real) com a notícia da S&P, foi um movimento emocional que foi todo devolvido ontem, e hoje tem esse otimismo nas bolsas, nos mercados de câmbio", afirmou Lima, referindo-se à redução da perspectiva do rating dos EUA pela Standard & Poor's na segunda-feira.

Mas o fato de o mercado doméstico estar fechado nos próximos dois dias, devido aos feriados de Tiradentes e Sexta-Feira Santa, pode trazer cautela durante a sessão. Além disso, o baixo nível do dólar traz receio de novas medidas por parte do governo para conter a desvalorização.

Desde o dia 1o de abril o Banco Central não realiza leilão de swap cambial reverso e o último leilão de compra de dólar a termo foi no dia 8 de abril. Desde o dia 11, o BC vem promovendo apenas dois leilões de compra à vista.

Segundo profissionais do mercado, o fluxo de ingressos continua acentuado, mas os investidores estão mais receosos em derrubar demais a moeda.

"Acho que neste nível de taxa, seria um exagero o BC não fazer nada, pelo menos mais um swap reverso, um leilão a termo.

Não acredito em mudança violenta de sinal (para alta), mas algo para minimizar a queda ainda é possível", afirmou Lima.

Os investidores também estão na expectativa para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e no mercado de juros futuros as apostas estão migrando mais para uma elevação menor, de 0,25 ponto percentual.

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