Mercados

Dólar cai e Bolsa sobe com expectativa sobre votação da Previdência

Às 10:19, o dólar recuava 0,35%, a 3,8067 reais na venda

Dólar: na sexta-feira, a moeda encerrou com alta de 0,54%, a 3,8200 reais na venda (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: na sexta-feira, a moeda encerrou com alta de 0,54%, a 3,8200 reais na venda (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de julho de 2019 às 09h21.

Última atualização em 8 de julho de 2019 às 10h58.

São Paulo — O dólar caía ante o real nesta segunda-feira, na volta do fim de semana e véspera de feriado em São Paulo, na expectativa pela votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Às 10:19, o dólar recuava 0,35%, a 3,8067 reais na venda.

Na sexta-feira, a moeda encerrou com alta de 0,54%, a 3,8200 reais na venda, a maior alta em uma semana.

Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de cerca de 0,4%.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que o processo de votação do texto da reforma da Previdência deve começar na terça-feira.

Nas contas do governo, há cerca de 330 votos favoráveis à proposta na votação no plenário da Câmara, disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no fim de semana.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa angariar o voto favorável de ao menos 308 deputados, o equivalente a três quintos do plenário da Câmara, em dois turnos de votação.

A expectativa de que o texto será votado nesta semana mantém investidores em alerta nesta segunda-feira, dia de pregão mais esvaziado em razão de feriado em São Paulo na terça-feira.

Agentes financeiros estão focados em entender se será possível realizar os dois turnos da votação antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

Do exterior, o mercado observa a redução das apostas de um corte de 0,50 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve em sua próxima reunião, após dados fortes de emprego divulgados na sexta-feira.

Entretanto, não está descartada a possibilidade de que o Fed corte os juros em 0,25 ponto percentual. Neste sentido, o mercado aguarda falas do chairman do BC norte-americano, Jerome Powell, na terça, quarta e quinta-feiras, e a divulgação da ata da última reunião do Fomc na quarta-feira.

"Investidores globais se dividem sobre quando e em qual magnitude se dará (se ocorrer) o corte de juros pelo Fed, uma aposta recentemente diluída pelos dados de emprego de junho, mas que segue viva," afirmou a corretora H. Commcor, em nota.

Segundo participantes do mercado, a tendência para este pregão é que o dólar se mantenha em queda frente ao real, mas não descartam volatilidade mais adiante na semana, mais notadamente em relação à votação da reforma previdenciária.

Bolsa

A bolsa paulista tinha o Ibovespa no azul nesta segunda-feira, em sessão entrecortada pelo feriado de terça-feira em São Paulo e marcada por expectativas de possível votação da reforma Previdência na Câmara dos Deputados.

Às 10:52, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,23 %, a 104.326,33 pontos. O volume financeiro somava 1,5 bilhão de reais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estimou no sábado que o processo de votação da reforma da Previdência no plenário da Casa deve começar na terça-feira e acredita em aprovação da matéria por uma boa margem.

Em nota a clientes, a equipe da corretora Tullett Prebon avalia que as notícias em relação à reforma são positivas e que o otimismo parece grande.

No exterior, a semana começava com o petróleo e o minério de ferro na China em alta, mas as bolsas em Nova York mostravam alguma fraqueza com algum esfriamento em apostas de cortes mais agressivos nos juros pelo Federal Reserve no final deste mês.

Destaques

- GOL avançava 2,85%, após estimar alta de aproximadamente 24% para a receita unitária de passageiro (PRASK) no segundo trimestre frente ao mesmo período do ano passado.

- VIA VAREJO subia 2,52%, dando sequência à valorização recente, com expectativas relacionadas à mudança no comando da rede de móveis e eletrodomésticos.

- ESTÁCIO avançava 2,38%, entre as maiores altas do Ibovespa. Analistas do Bradesco BBI avaliam que o setor de educação pode se beneficiar significativamente de um cenário de custo de capital menor, com Estácio entre as mais beneficiadas.

- CYRELA valorizava-se 1,84%, renovando máxima recorde intradia desde 2008, favorecida pelo cenário de juros baixos. A companhia anunciou recentemente pagamento de dividendos intermediários de 300 milhões de reais em 31 de julho.

- SUZANO perdia 1,83%, após três altas seguidas, período que subiu 5,48%. Analistas ainda veem um ambiente desafiador para o setor de celulose, em razão da demanda fraca e estoques elevados. KLABIN cedia 1,49%.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,61%, pesando negativamente, assim como BRADESCO PN, que recuava 0,43%, enquanto BANCO DO BRASIL mostrava acréscimo de 0,02%.

- PETROBRAS PN subia 0,66% e PETROBRAS ON ganhava 0,73%, em sessão de alta do petróleo no exterior. A companhia começou o processo de venda do Polo Tucano Sul, com campos terrestres na Bahia.

- VALE tinha elevação de 0,97%, recuperando-se após forte queda na semana passada, quando perdeu 2,8%, ajudada nesta sessão pela alta do minério de ferro na China.

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