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Dólar cai a R$3,23 com exterior e reforma da Previdência

O mercado seguia com liquidez mais baixa, por conta do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos

Dólar: o dólar atingiu seu nível mais baixo em um mês contra o iene e o franco suíço após a queda surpresa (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: o dólar atingiu seu nível mais baixo em um mês contra o iene e o franco suíço após a queda surpresa (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 15h34.

São Paulo - O dólar firmou tendência de baixa e já operava na casa de 3,23 reais nesta quarta-feira, em sintonia com o movimento da moeda norte-americana ante divisas de emergentes no exterior, e com investidores à espera de resultados das negociações do presidente Michel Temer com a base aliada para aprovação da reforma da Previdência.

O mercado seguia com liquidez mais baixa, por conta do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que manterá as praças norte-americanas fechadas no dia seguinte.

Às 15:24, o dólar recuava 0,51 por cento, a 3,2358 reais na venda. Na mínima, marcou 3,2314 reais, menor valor intradia desde os 3,2291 reais de 26 de outubro. O dólar futuro cedia 0,71 por cento.

No exterior, o dólar atingiu seu nível mais baixo em um mês contra o iene e o franco suíço após a queda surpresa, em outubro, de encomendas de bens de capital nos EUA e preocupações sobre o comportamento da inflação do país. O dólar cedia ante uma cesta de moedas e também firmou a queda ante divisas de emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.

Fontes ouvidas pela Reuters informaram que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi escolhido pelo presidente Michel Temer para assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo no lugar do tucano Antonio Imbassahy, em mais uma tentativa para conquistar votos para aprovar a reforma da Previdência.

"Agradou a notícia sobre a escolha de Marun. É mais um sinal de que o governo está aos poucos costurando uma base mais coesa para votar a Previdência", informou o operador da Ourominas Corretora Ademar Vitor Pereira Mendes.

Temer está negociando intensamente para conquistar os votos que ainda faltam para aprovar a reforma ainda este ano. Nesta noite, oferecerá um jantar a deputados da base aliada para apresentar a nova e mais enxuta versão do texto da reforma, com a presença do relator da proposta, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA).

O governo precisa dos votos de 308 do total de 513 deputados, já que se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição. Também precisa do apoio de 49 dos 81 senadores.

Mais cedo, o dólar estava mais reticente, rondando a estabilidade, esperando o desfecho do encontro desta noite.

"A dúvida do mercado é o que sobrará do projeto inicial (da Previdência)", comentou mais cedo em relatório o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a economia fiscal com a proposta atual para a reforma da Previdência deve ser de cerca de 60 por cento do que se previa originalmente. Segundo ele, não haverá mudança na regra para os trabalhadores rurais no texto.

No exterior, destaque para a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central dos EUA, às 17:00, que deve consolidar as apostas de mais um aumento de juros no país na reunião prevista para os dias 12 e 13 de dezembro.

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