Dólar cai a R$3,75 após ata do Fed e ação do BC
Às 9:11, o dólar recuava 0,91 por cento, a 3,7556 reais na venda, após cair 0,71 por cento na véspera
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2015 às 09h39.
São Paulo - O dólar recuava a 3,75 reais nesta quinta-feira, após a ata da última reunião do Federal Reserve sinalizar que o banco central norte-americano pretende elevar os juros em dezembro, mas reforçar que o aperto monetário se dará de forma gradual.
O mercado também reagia ao anúncio pelo Banco Central de leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra para esta tarde, a sexta operação desse tipo neste mês.
Às 10:26, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,7534 reais na venda. O contrato do dólar para dezembro, que já havia reagido à ata do Fed na véspera, recuava apenas 0,3 por cento.
"Acreditamos que aumentou a probabilidade de o Fed começar a subir juros em dezembro. Desta forma, poderia fazer altas pausadas adicionais nas reuniões de 2016, de forma bastante gradual, como tem sido sinalizado há algum tempo", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
A ata do Fed, divulgada simultaneamente ao fechamento do mercado à vista na véspera, mostrou que um número sólido de autoridades do banco central norte-americano defendeu alta de juros em dezembro, mas seus integrantes também debateram evidências de que o potencial de longo prazo da economia norte-americana pode ter se movido permanentemente para baixo.
As apostas no aumento de juros no mês que vem, que pode atrair para a maior economia recursos aplicados no Brasil, já vinham crescendo nas últimas semanas.
Nesse contexto, investidores priorizavam a mensagem de que o aperto monetário deve ser lento, trazendo algum alento para os mercados emergentes.
O dólar também recuava em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
No Brasil, a tranquilidade no mercado de câmbio vinha também em função do leilão de linha do BC, que atende à demanda sazonal por dólares típica de fim de ano e concentrada em exportadores.
O leilão será realizado em duas etapas: entre 15h15 e 15h20, serão ofertados dólares com recompra em 4 de janeiro de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 4 de abril de 2016.
Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não tem como fim rolar contratos já existentes.
O BC também dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
"Os leilões do BC atenuam um pouco a pressão aqui, servem como uma válvula de escape", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Texto atualizado às 10h38.
São Paulo - O dólar recuava a 3,75 reais nesta quinta-feira, após a ata da última reunião do Federal Reserve sinalizar que o banco central norte-americano pretende elevar os juros em dezembro, mas reforçar que o aperto monetário se dará de forma gradual.
O mercado também reagia ao anúncio pelo Banco Central de leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra para esta tarde, a sexta operação desse tipo neste mês.
Às 10:26, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,7534 reais na venda. O contrato do dólar para dezembro, que já havia reagido à ata do Fed na véspera, recuava apenas 0,3 por cento.
"Acreditamos que aumentou a probabilidade de o Fed começar a subir juros em dezembro. Desta forma, poderia fazer altas pausadas adicionais nas reuniões de 2016, de forma bastante gradual, como tem sido sinalizado há algum tempo", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
A ata do Fed, divulgada simultaneamente ao fechamento do mercado à vista na véspera, mostrou que um número sólido de autoridades do banco central norte-americano defendeu alta de juros em dezembro, mas seus integrantes também debateram evidências de que o potencial de longo prazo da economia norte-americana pode ter se movido permanentemente para baixo.
As apostas no aumento de juros no mês que vem, que pode atrair para a maior economia recursos aplicados no Brasil, já vinham crescendo nas últimas semanas.
Nesse contexto, investidores priorizavam a mensagem de que o aperto monetário deve ser lento, trazendo algum alento para os mercados emergentes.
O dólar também recuava em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
No Brasil, a tranquilidade no mercado de câmbio vinha também em função do leilão de linha do BC, que atende à demanda sazonal por dólares típica de fim de ano e concentrada em exportadores.
O leilão será realizado em duas etapas: entre 15h15 e 15h20, serão ofertados dólares com recompra em 4 de janeiro de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 4 de abril de 2016.
Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não tem como fim rolar contratos já existentes.
O BC também dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
"Os leilões do BC atenuam um pouco a pressão aqui, servem como uma válvula de escape", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Texto atualizado às 10h38.