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Dólar cai 2% ante real no embalo do otimismo externo

Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 1,7235, o menor patamar desde meados de setembro

A divisa dos Estados Unidos era negociada a R$ 1,7273 para venda, em desvalorização de 1,89% (Karen Bleier/AFP)

A divisa dos Estados Unidos era negociada a R$ 1,7273 para venda, em desvalorização de 1,89% (Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 10h55.

São Paulo - O dólar seguia o forte apetite por risco dos mercados mundiais e operava em baixa acentuada frente ao real nesta quinta-feira, com alívio após a apresentação de um plano anticrise na Europa.

Às 11h41, a divisa dos Estados Unidos era negociada a 1,7273 real para venda, em desvalorização de 1,89 por cento. Na mínima do dia, a cotação chegou a 1,7235, o menor patamar desde meados de setembro.

Lá fora, o euro atingiu o maior valor das últimas sete semanas, enquanto o dólar recuava 1,38 por cento em relação a uma cesta de moedas. Acompanhando o movimento de alta das divisas de maior rendimento, o dólar australiano avançava mais de 2 por cento.

O índice europeu de ações estava em disparada, batendo alta de até 4 por cento. Em Nova York, o índice S&P 500 subia 2 por cento.

Após uma cúpula na quarta-feira, os líderes europeus alcançaram um acordo para que o setor privado aceite uma perda de 50 por cento nos bônus que possuem do governo da Grécia, medida destinada a baixar o montante de dívida do país.

Também foi acertado que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) seja alavancado em quatro ou cinco vezes, dando-lhe poder equivalente a 1 trilhão de euros.

Aqui, o Banco Central anunciou que realiza pesquisa de demanda às 18h para um eventual leilão de swap cambial na sexta-feira. A sondagem tem um caráter "neutro", com o BC de olho apenas na rolagem dos papéis que vencem em 1o de novembro.

Perto do fim, o mês de outubro viu o dólar se depreciar mais de 7 por cento até agora. Em setembro, a taxa de câmbio ganhou 18 por cento, com temores sobre o que a crise de dívida da zona do euro poderia desencadear para a economia global.

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