Dólar cai 1,65% e se aproxima de R$ 3,45
O dólar caiu mais de 1,5 por cento voltando a se aproximar de 3,45 reais, com investidores de olho no impeachment
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2016 às 17h35.
São Paulo - O dólar caiu mais de 1,5 por cento nesta terça-feira, voltando a se aproximar de 3,45 reais, com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, que pode culminar em seu afastamento temporário.
Apesar do bom humor, os investidores vão continuar atentos ao Banco Central, que ficou de fora do mercado de câmbio nesta sessão, mas pode voltar a qualquer momento. Para muitos, o BC não gosta do dólar abaixo de 3,50 reais porque atrapalha as exportações e, assim, as contas externas do país.
O dólar recuou 1,65 por cento, a 3,4666 reais na venda, perto da mínima do dia, a 3,4633 reais. O dólar futuro caía cerca de 1,4 por cento no fim da tarde.
"Nesses níveis (do dólar), já chama o BC para o swap (reverso)... Então existe essa possibilidade (de acontecer nos próximos dias)", disse o economista da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.
O cenário político continuou ditando o ritmo do mercado de câmbio, com os investidores mais otimistas com a provável saída da presidente Dilma, a quem culpam pela atual situação econômica do país.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment que, se aceito, levará o vice Michel Temer a assumir o posto.
Temer já disse que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5 por cento na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impedimento.
O mercado seguiu atento ainda ao BC, que não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares pela quinta sessão seguida. E, com a moeda norte-americana abaixo de 3,50 reais, acreditam que a autoridade monetária pode fazer um movimento a qualquer momento.
A cena externa também ajudou na queda do dólar desta sessão, recuando a outras divisas de países emergentes, como o peso mexicano. A alta do petróleo também ajudou.
"O bom humor político foi ajudado pelo cenário internacional", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Texto atualizado às 17h34
São Paulo - O dólar caiu mais de 1,5 por cento nesta terça-feira, voltando a se aproximar de 3,45 reais, com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, que pode culminar em seu afastamento temporário.
Apesar do bom humor, os investidores vão continuar atentos ao Banco Central, que ficou de fora do mercado de câmbio nesta sessão, mas pode voltar a qualquer momento. Para muitos, o BC não gosta do dólar abaixo de 3,50 reais porque atrapalha as exportações e, assim, as contas externas do país.
O dólar recuou 1,65 por cento, a 3,4666 reais na venda, perto da mínima do dia, a 3,4633 reais. O dólar futuro caía cerca de 1,4 por cento no fim da tarde.
"Nesses níveis (do dólar), já chama o BC para o swap (reverso)... Então existe essa possibilidade (de acontecer nos próximos dias)", disse o economista da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.
O cenário político continuou ditando o ritmo do mercado de câmbio, com os investidores mais otimistas com a provável saída da presidente Dilma, a quem culpam pela atual situação econômica do país.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment que, se aceito, levará o vice Michel Temer a assumir o posto.
Temer já disse que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5 por cento na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impedimento.
O mercado seguiu atento ainda ao BC, que não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares pela quinta sessão seguida. E, com a moeda norte-americana abaixo de 3,50 reais, acreditam que a autoridade monetária pode fazer um movimento a qualquer momento.
A cena externa também ajudou na queda do dólar desta sessão, recuando a outras divisas de países emergentes, como o peso mexicano. A alta do petróleo também ajudou.
"O bom humor político foi ajudado pelo cenário internacional", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Texto atualizado às 17h34