Dólar cai 0,40% ante real com BC e pessimismo no exterior
O dólar encerrou em queda nesta quinta-feira, pressionado pela perspectiva de que o Banco Central continuará agressivo na condução da política monetária do país
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 17h41.
São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real nesta quinta-feira, pressionado pela perspectiva de que o Banco Central continuará agressivo na condução da política monetária no país e pelo pessimismo nos mercados internacionais.
A moeda norte-americana perdeu 0,40 %, cotada a 2,1226 reais na venda, mantendo-se com leve quedas na maior parte do pregão depois de ter vivenciado sessão de intensa volatilidade na véspera. Segundo dados da BM&G, o giro financeiro ficou em torno de 2,5 bilhões de dólares.
"Um aperto monetário forte atrai dólares, e é o que a ata deu a entender", disse um operador de uma corretora brasileira.
O BC mostrou mais preocupação com a inflação na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta manhã, fazendo a curva de DI precificar a Selic entre 9,25 e 9,50 % no final no ano. Juros maiores tendem a atrair investimentos para o país e puxar o dólar para baixo.
A queda do dólar era influenciada também pelo mau humor nos mercados internacionais, com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmando que a política monetária frouxa "deve continuar para sustentar as perspectivas de uma recuperação econômica posteriormente no ano" e que ela deve permanecer "acomodativa" por quanto tempo for necessário.
Pesava também a expectativa dos investidores sobre a divulgação dos dados de empregos nos Estados Unidos nesta sexta-feira, e o temor de que eles podem vir pior do que o esperado.
Analistas destacavam ainda que a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimento estrangeiro em renda fixa anunciado na noite de terça-feira pode continuar dando mais volatilidade ao mercado, consequência já vista na sessão anterior.
Isso porque, ao mesmo tempo em que a medida tem o potencial de atrair investimentos, também pode incentivar saídas de capital no curto prazo.
No entanto, uma fonte disse à Reuters na noite de quarta-feira que o governo não quer depreciação acelerada e desordenada do real e que tem um cardápio de medidas para impedir que uma valorização excessiva do dólar afete a competitividade da economia brasileira.
Outra fonte próxima à equipe econômica disse à Reuters nesta quinta-feira que o governo estuda reduzir o IOF sobre posição vendida líquida em dólar do mercado futuro e também o IOF cobrado nas captações de empresas feitas no exterior com prazo de até um ano, e que a decisão dependeria do comportamento do mercado de câmbio.
São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real nesta quinta-feira, pressionado pela perspectiva de que o Banco Central continuará agressivo na condução da política monetária no país e pelo pessimismo nos mercados internacionais.
A moeda norte-americana perdeu 0,40 %, cotada a 2,1226 reais na venda, mantendo-se com leve quedas na maior parte do pregão depois de ter vivenciado sessão de intensa volatilidade na véspera. Segundo dados da BM&G, o giro financeiro ficou em torno de 2,5 bilhões de dólares.
"Um aperto monetário forte atrai dólares, e é o que a ata deu a entender", disse um operador de uma corretora brasileira.
O BC mostrou mais preocupação com a inflação na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta manhã, fazendo a curva de DI precificar a Selic entre 9,25 e 9,50 % no final no ano. Juros maiores tendem a atrair investimentos para o país e puxar o dólar para baixo.
A queda do dólar era influenciada também pelo mau humor nos mercados internacionais, com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmando que a política monetária frouxa "deve continuar para sustentar as perspectivas de uma recuperação econômica posteriormente no ano" e que ela deve permanecer "acomodativa" por quanto tempo for necessário.
Pesava também a expectativa dos investidores sobre a divulgação dos dados de empregos nos Estados Unidos nesta sexta-feira, e o temor de que eles podem vir pior do que o esperado.
Analistas destacavam ainda que a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimento estrangeiro em renda fixa anunciado na noite de terça-feira pode continuar dando mais volatilidade ao mercado, consequência já vista na sessão anterior.
Isso porque, ao mesmo tempo em que a medida tem o potencial de atrair investimentos, também pode incentivar saídas de capital no curto prazo.
No entanto, uma fonte disse à Reuters na noite de quarta-feira que o governo não quer depreciação acelerada e desordenada do real e que tem um cardápio de medidas para impedir que uma valorização excessiva do dólar afete a competitividade da economia brasileira.
Outra fonte próxima à equipe econômica disse à Reuters nesta quinta-feira que o governo estuda reduzir o IOF sobre posição vendida líquida em dólar do mercado futuro e também o IOF cobrado nas captações de empresas feitas no exterior com prazo de até um ano, e que a decisão dependeria do comportamento do mercado de câmbio.