Dólar: moeda bateu quase R$ 5,20 na máxima do dia (Stock/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 15 de abril de 2024 às 12h35.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 13h45.
Após breve queda na abertura, o dólar passou a subir na manhã desta segunda-feira, 15, acompanhando o fortalecimento dos juros dos Treasuries após as vendas no varejo nos Estados Unidos virem acima do esperado em março e de olho no noticiário fiscal interno. Às 12h20, o dólar subia 1,13% sendo negociado a R$ 5,179. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,1908.
“O ambiente de aversão ao risco favorece a busca por ativos de segurança, ativos de qualidade. De atividade, prejudica o desempenho de ativos arriscados, como commodities e moedas de países emergentes, como o real, então ajuda no fortalecimento do dólar ante o real”, diz Leonelio Veramatos, analista de inteligência de mercados da Stonics.
A equipe econômica deve atrasar a entrega de projetos de regulamentação da reforma tributária em mais uma semana, em razão da ida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à reunião do G20, e também teria fechado a meta fiscal de 2025 em resultado primário zero, a mesma estabelecida para este ano, conforme apurou Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Porém, o mercado aposta que o objetivo fiscal estabelecido não será cumprido neste ano.
A meta de 2025 constará do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano, que será detalhado pelo governo hoje à tarde (16h30), seguido de entrevista coletiva (17 horas).
Na Europa, o euro também perdeu força, apesar do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmar que as decisões futuras de política monetária vão "garantir que as taxas de juros se mantenham suficientemente restritivas pelo tempo que for necessário" na região.
Nos Estados Unidos, entre os indicadores, as vendas no varejo subiram 0,7% em março ante fevereiro, acima da previsão dos analistas (+0,4%). Sem automóveis, as vendas no varejo avançaram 1,1% em março ante fevereiro. Já o índice de atividade industrial Empire State apontou -14,3 em abril, ante estimativa no mercado de -7.
O Goldman Sachs teve lucro líquido de US$ 4,13 bilhões no primeiro trimestre de 2024, 28% maior do que o ganho de US$ 3,23 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira. Entre janeiro e março, o banco americano registrou lucro por ação de US$ 11,58, superando de longe a previsão da FactSet, de US$ 8,73. Por volta das 8h50 (de Brasília), a ação do Goldman saltava 3,6% nos negócios do pré-mercado em Nova York.
Na China, o banco central, conhecido como PBoC, manteve a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sugerindo que seus juros principais também ficarão inalterados. Na sexta-feira o dólar avançou a R$ 4,1212 no fechamento, acumulando ganho na semana passada de 1,10% e de 2,11% em abril.
*Com Estadão Conteúdo